O governo argentino rejeitou, nesta quarta-feira 22, a decisão do procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI) de solicitar a prisão do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e de seu ministro da Defesa por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
“A Argentina considera equivocada e rejeita a equiparação que o procurador faz entre autoridades legítimas de um Estado democrático com líderes de uma organização terrorista responsável por crimes brutais”, indicou o Ministério das Relações Exteriores em um comunicado.
O procurador do TPI, Karim Khan, solicitou na segunda-feira ordens de prisão contra Netanyahu e seu ministro Yoav Gallant por “matar deliberadamente civis de fome”, “homicídio intencional” e “extermínio e/ou assassinato” na Faixa de Gaza.
Khan também pediu ordens de prisão contra três líderes do movimento palestino Hamas por crimes como “extermínio”, “estupro e outros atos de violência sexual” e “tomada de reféns como crime de guerra” em Israel e Gaza.
“A decisão coloca em questão o direito à legítima defesa exercido por Israel”, escreveu o Ministério das Relações Exteriores argentino, e “acrescenta obstáculos aos esforços para conseguir a libertação dos reféns ainda nas mãos do Hamas, a chegada de ajuda humanitária e uma solução de longo prazo para a crise”.
A guerra entre Israel e o Hamas em Gaza eclodiu em 7 de outubro, quando comandos islamistas perpetraram um ataque no sul de Israel, que causou a morte de mais de 1.170 pessoas, na sua maioria civis, segundo um levantamento da AFP a partir de números oficiais israelenses.
Mais de 250 pessoas foram capturadas e 124 permanecem sequestradas em Gaza, das quais se acredita que 37 morreram, segundo o Exército israelense.
Até agora, 35.709 palestinos, principalmente civis, morreram na ofensiva de retaliação lançada por Israel, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, um território governado pelo Hamas desde 2007.
O presidente Javier Milei reafirmou o alinhamento geopolítico da Argentina com os Estados Unidos e Israel e ofereceu sua solidariedade “inabalável” a este país.
Um dos seus primeiros destinos como presidente foi Israel, onde Milei mostrou sua proximidade com o país e seu interesse espiritual no judaísmo. Ele também viajou aos Estados Unidos para receber o prêmio de “Embaixador da Luz”, entregue pela comunidade judaica ortodoxa Chabad Lubavitch.
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