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Galáxias em espiral, como a Via Láctea, na verdade, são bem raras!

Galáxias em espiral, como a Via Láctea, na verdade, são bem raras!

Quando pensamos em galáxias, geralmente nos vem à mente a nossa querida Via Láctea que abriga o Sistema Solar. A menos que você seja um astrônomo, profissional ou amador, ou tenha por hobby ler e pesquisar bastante sobre o tema, o mais natural é que associemos galáxias a formatos espiralados, como que nos abriga.

Acontece que galáxias em espiral como a Via Láctea, na verdade, são bastante raras — e muito mais do que nós, meros mortais (leia-se: pessoas comuns sem conhecimento científico sobre o tema), imaginávamos.

O raro formato das galáxias espirais

Segundo uma reportagem publicada pelo site Live Science, cientistas podem ter finalmente entendido o motivo pelo qual existem muito mais galáxias elípticas ao nosso redor do que espiraladas. De acordo com astrônomos, galáxias em elipse são muito mais comuns no superaglomerado onde fica a Via Láctea, que se destaca das vizinhas por seu formato em espiral.

Assim como a Via Láctea, a galáxia M101 — também conhecida como Galáxia do Cata-Vento — tem formato espiralado (Fonte: Nasa/Reprodução)

Outra galáxia espiral bastante conhecida é a de Andrômeda. Localizada a aproximadamente 2,54 milhões de anos-luz de distância do nosso planeta, ela também apresenta o mesmo tipo de formação, com visual semelhante a um rodamoinho. Também podemos citar a M101, mais conhecida como Galáxia do Cata-Vento, que também é espiralada. Ainda assim, o mais comum é encontrar galáxias elípticas no nosso superaglomerado.

De acordo com uma pesquisa publicada no periódico especializado Nature Astronomy, o motivo para isto pode estar relacionado a frequentes colisões galácticas. O histórico turbulento da nossa vizinhança seria então o responsável por termos tantas galáxias elípticas ao nosso redor.

O reino das galáxias elípticas

Na década de 1950, o astrônomo francês chamado Gérard Henri de Vaucouleurs observou que o plano onde está inserida a Via Láctea é composto por uma imensa maioria de galáxias elípticas. Já as com formato espiralado, como a nossa, são bem mais raras.

Buscando entender o motivo para tamanha diferença, os cientistas utilizaram um supercomputador conhecido como Simulations Beyond the Local Universe (SIBELIUS) para gerar algumas simulações.

Capturada pelo telescópio espacial Hubble, imagem mostra a galáxia elíptica NGC 2865, que fica a cerca de 100 milhões de anos-luz de distância daqui (Fonte: Nasa/Reprodução)Capturada pelo telescópio espacial Hubble, imagem mostra a galáxia elíptica NGC 2865, que fica a cerca de 100 milhões de anos-luz de distância daqui (Fonte: Nasa/Reprodução)

A ideia era “voltar no tempo” simulando uma involução do superaglomerado em cerca de 13,8 bilhões de anos, até seu surgimento no Big Bang. Depois disso, montaram um modelo que recriava a evolução deste mesmo gigantesco aglomerado de galáxias. Falando ao EurekAlert, o professor de física Carlos Frenk falou um pouco sobre estudo realizado por sua equipe. Segundo ele, a distribuição de galáxias no nosso plano superaglomerado é “notável”.

Frenk, que leciona na Durham University, no Reino Unido, afirmou que a existência de galáxias espirais é “rara, mas não é uma completa anomalia”. O professor explicou que as simulações feitas pelo time de pesquisadores “revelou detalhes íntimos da formação de galáxias como a transformação de espirais em elípticas após a fusão de galáxias”.

Ou seja: tanto a Via Láctea quanto as demais galáxias espiraladas só mantiveram este formato por terem de certa forma escapado de colisões com outras galáxias nas proximidades. Incrível!

As informações apresentadas neste post foram reproduzidas do Site Mega Curioso e são de total responsabilidade do autor.
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