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Filho de Sacaca festeja após anúncio do enredo da Mangueira

Filho de Sacaca festeja após anúncio do enredo da Mangueira

José Raimundo da Silva Costa, filho de Sacaca de 67 anos e conhecido como ‘Dô Sacaca’. Foto: Divulgação/Raimundo Costa

O Amapá vai ser representando no carnaval de 2026 do Rio de Janeiro pela Estação Primeira de Mangueira por meio da história de Raimundo dos Santos Souza, o ‘Mestre Sacaca’. A família do curandeiro, conhecido como ‘doutor da floresta’, disse que foi pega de surpresa com a homenagem.

A escola de samba carioca apresentou o novo enredo: “Mestre Sacaca do encanto Tucuju – o Guardião da Amazônia Negra”.

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José Raimundo da Silva Costa, filho de Sacaca de 67 anos e conhecido como ‘Dô Sacaca’, disse que não esperava pela homenagem e não suspeitou que aconteceria. Raimundo e a família receberam a notícia através de uma ligação de vídeo de um representante da Mangueira.

Leia também: Mestre Sacaca, do Amapá, vai ser enredo da Mangueira no Carnaval de 2026

Sacaca e a família — Foto: Divulgação/Raimundo Costa

“O povo carnavalesco da Mangueira veio aqui, mas a gente conversou com eles durante um bom tempo sem saber o que, na verdade, seria. Eles estavam informando que era algo sobre a COP30. Então, atendi muito bem e depois fiquei sabendo que era o pessoal da Mangueira que estava aqui para fazer essa ponte para levar o nome do estado para apresentar para o mundo, na escola de samba que na minha opinião é a maior de todas”, disse Dô Sacaca.

O filho de Sacaca contou ainda que a família estava reunida no momento em que receberam a notícia. A reação foi de felicidade e gratidão, por ter a história da família contada em grande escala.

“Estava reunido com a minha irmã, com meu filho e minha mãe. Foi uma surpresa muito grande […] isso é muito bom para a família e para o estado. É muito importante porque a partir disso a história vai passar a ter um novo olhar. É o mundo todo que fica de olho no carnaval do Rio de Janeiro, então o mundo todo vai ter conhecimento dessa história”, contou.

Leia também: A sacaca tem tradição de uso na medicina popular

Raimundo dos Santos Souza, conhecido como ‘Mestre Sacaca’ completaria 100 anos em 2026. O filho, também Raimundo, contou que o pai faleceu há cerca de 30 anos, e que a visibilidade da história mantém a importância de manter a memória de Sacaca viva nas próximas gerações.

Raimundo Costa, filho de sacaca conhecido como ‘Dô Sacaca’ — Foto: Divulgação/Raimundo Costa

“É muito importante para as novas gerações conhecerem quem é essa pessoa que tanto se fala e que muitos jovens não tiveram oportunidade de conhecer. Portanto, eles não têm muito conhecimento. A partir disso aí, a história dele vai ficar. Os jovens vão passar a conhecer melhor quem era o Sacaca”, disse.

Sacaca morreu em 1999 aos 73 anos e hoje dá nome ao Museu Sacaca, no Centro de Macapá. Local repleto de histórias ribeirinhas e indígenas, diferentes plantas e remédios criados com o conhecimento de Sacaca.

Leia também: Linha do tempo: Museu Sacaca reúne acervo sobre modo de vida dos povos indígenas e ribeirinhos no Amapá

A escola contou que busca por diferentes histórias brasileiras, e desta vez conta a de Sacaca, um grande representante da Amazônia como um todo. A Mangueira destacou os conhecimentos no tratamento de doenças e do cuidado comunitário por meio de garrafadas, chás, unguentos e simpatias.

Parte da exposição ‘Céu Aberto’ no Museu Sacaca — Foto: GEA/Divulgação

“Ele dedicou a vida à defesa da floresta e das tradições, práticas e culturas afro-indígenas. Por essa razão, a Mangueira, contadora de diferentes histórias brasileiras, celebra essa figura que é uma das caras do nosso país diverso e de dimensões continentais”, disse a escola de samba.

“Estamos falando de algo inédito na historiografia da Mangueira: tratar de costumes afro-indígenas. Mesmo no Brasil, muitas vezes ainda predomina uma visão monolítica sobre a Amazônia, com muitas narrativas e personagens ainda inexplorados ou sem ter a devida atenção”, descreveu Sidnei França, carnavalesco da Mangueira.

Após a morte, Sacaca recebeu a mais alta condecoração da Divine Académie Française des Arts Lettres et Culture. A homenagem póstuma foi concedida em 2018 à família em uma cerimônia no Rio de Janeiro.

Sacaca era conhecido como doutor da floresta — Foto: Divulgação/Raimundo Costa

A Mangueira é marcada pela ancestralidade, com batuques, cantos, com uma mistura que representa a essência do brasileiro, com nações africanas, indígenas, brancos: afro-brasileiras, além de ter uma imersão na Candomblé e na Umbanda.

Mangueira em 2025 — Foto: reprodução JN

Considerada segunda maior campeã do carnaval no Rio de Janeiro, Mangueira coleciona 20 títulos. A escola fica atrás somente do Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela que possui 22 títulos.

Em 2025, Mangueira levou para a avenida, o enredo ‘À Flor da Terra – No Rio da Negritude entre Dores e Paixões’, contando sobre a herança dos povos ‘Bantus’, e a influência da cultura e vivência dos cariocas.

Ao final dos desfiles no ano passado, a escola terminou em 6º lugar, última posição do grupo especial, com 269,4 pontos.

As informações apresentadas neste post foram reproduzidas do Portal Amazônia e são de total responsabilidade do autor.
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