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A farinha de mandioca produzida por cooperativas que têm o selo de inspeção da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARÁ) já está chegando a outros Estados brasileiros. Este mês, a Cooperativa Agroindustrial Frutos da Amazônia (COAFRA), uma das principais do Pará, com sede em Castanhal, no nordeste estadual, fez a primeira venda interestadual de farinha de mandioca.
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A comercialização foi, por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), e beneficiou 103 famílias da cooperativa. Um total de 126 toneladas de farinha foram vendidas e distribuídas para quatro municípios do Mato Grosso pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) para aldeias indígenas em situação de vulnerabilidade social.
Recentemente, a ADEPARÁ renovou o Selo de Inspeção Artesanal para a produção de farinha de mandioca e goma de tapioca da cooperativa e incluiu o registro para mais um produto, a macaxeira a vácuo. Em visita à sede da Agência de Defesa, em Belém , o diretor comercial e responsável técnico da cooperativa, o engenheiro agrônomo, Francisco Carlos, recebeu a renovação do certificado que autoriza a entidade a continuar produzindo os itens.
De acordo com o fiscal estadual agropecuário, Hamilton Altamiro, que fiscalizou e liberou as novas instalações da cooperativa, na nova área produtiva na agrovila Nazaré, destinada à produção de macaxeira à vácuo, envase de farinha e produção de goma de tapioca,
“A cooperativa produz alimentos com qualidade, respeitando o meio ambiente e em conformidade com a legislação sanitária vigente, garantindo um produto seguro e de qualidade para o consumidor”, declarou.
Atualmente, segundo a gerência de inspeção de produtos artesanais de origem vegetal, existem no Pará 15 estabelecimentos que trabalham exclusivamente com a produção de farinha de mandioca e 153 que processam outros produtos derivados da mandioca.
As quinze casas de farinha, todas de médio porte, que trabalham somente com a produção de farinha de mandioca, estão localizadas nos municípios de Bragança (02); Tracuateua (02); Augusto Corrêa (01), Castanhal (02); Irituia (02); Igarapé-Miri (01); Cametá (02); São João de Pirabas (01) e Juruti (02). São agroindústrias que pertencem a cooperativas, associações e particulares.
A ADEPARÁ tem orientado os produtores a adequar as casas de farinha para que elas possam obedecer às exigências da legislação sanitária e produzir seguindo as normas de higiene, ampliando o mercado para os produtos regionais e gerando renda para os produtores da agricultura familiar.
“O selo artesanal agrega valor ao produto artesanal regional, pois garante que o produto foi produzido dentro de uma estrutura higiênico-sanitária adequada, além de seguir as boas práticas de fabricação. Também ele é inspecionado, passa por inspeções rotineiras feitas pela ADEPARÁ, garantindo um produto seguro e de qualidade para o consumidor ,explica a gerente de inspeção vegetal Joselena Tavares.
A Cooperativa Agroindustrial Frutos da Amazônia (Coafra) surgiu em 2021 fruto da união de 65 agricultores de quatro municípios: Castanhal, Santa Maria do Pará, São Miguel do Guamá e São Domingos do Capim. Foi uma alternativa sustentável para frear o êxodo do campo. Organizados em cooperativa, instituíram boas práticas agrícolas em sistemas produtivos com menos impacto ambiental.
Hoje, são 260 cooperados em 12 municípios, proporcionando a inserção de produtos da agricultura familiar em média 20% mais baratos e prestando serviços de modernização agrícola e assistência técnica aos cooperados, gerando cerca de 0,9 milhões de reais de economia e ganhos reais em 2023, promovendo bem estar socioeconômico para as famílias ao adotar modelos de produção sustentável.
*Com informações da Agência Pará
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