A ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, vai se filiar nesta sexta-feira 2 ao PT, retornando à sigla depois de nove anos.
O evento de filiação vai acontecer no início da noite, em São Paulo, e deverá contar com algumas das principais figuras políticas do partido. São esperadas entre 1,3 mil e 1,5 mil pessoas no ato.
Além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Luiz Marinho (Trabalho), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) estarão no evento, além da presidente do partido, a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR).
Quem também vai comparecer à cerimônia de filiação é o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), pré-candidato à prefeitura da capital paulista nas eleições deste ano. Graças a um acordo entre o PT e o PSOL, Marta Suplicy deverá ser candidata ao cargo de vice-prefeita.
A volta de Marta Suplicy ao PT acontece após anos de distanciamento, marcados, sobretudo, pelo fato de que a ex-prefeita (que também é ex-senadora e ex-ministra da Cultura) votou a favor do impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT).
Recentemente, Marta fez parte da gestão Ricardo Nunes (MDB) em São Paulo, como secretária de Relações Internacionais.
Apesar da reviravolta na carreira política, a volta de Marta ao PT foi chancelada por Lula. O presidente, por exemplo, será responsável por assinar a ficha de filiação dela. “Terei a honra de o presidente abonar a minha ficha de refiliação ao PT”, comentou Marta nas redes sociais.
O prefeito de São Paulo já reagiu à ida de Marta ao PT, criticando a justificativa dada por ela para a saída da gestão municipal. A ex-secretária manifestou contrariedade com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à candidatura de Nunes à reeleição.
“Não foi o presidente Lula que contou para ela que eu quero o apoio do Bolsonaro. O fato está posto. Não cola. O presidente Jair Bolsonaro foi almoçar comigo na prefeitura. Ela é minha conselheira, discutia as estratégias políticas comigo”, afirmou Nunes, que questionou: “Ela conversou com o Lula e mudou?”.
Já o líder do PT na Câmara Municipal de São Paulo, Senival Moura, saiu em defesa de Marta, atribuindo à gestão dela (entre 2001 e 2005) alguns marcos da cidade.
“Quem anda de ônibus diariamente, utiliza Bilhete Único, frequenta CEUs e testemunhou as obras na periferia em tempo real, sentiu na pele os impactos positivos da gestão Marta Suplicy”. Segundo ele, é preciso “derrotar o bolsonarismo em São Paulo e construir uma cidade mais humana, igual e diversa”.
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