A Estação Ecológica Soldado da Borracha, localizada entre Porto Velho e Cujubim (RO), é consumida pelo fogo há mais de dois meses, segundo documentos que o Grupo Rede Amazônica teve acesso. Agentes do Prevfogo encontraram áreas derrubadas e galões de veneno na unidade de conservação.
A estação é uma unidade de conservação de proteção integral de responsabilidade do governo de Rondônia.
Os focos de incêndio na Estação foram identificados no dia 12 de julho. No dia 8 de setembro, quase dois meses depois, o Ibama foi acionado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sedam). O combate foi iniciado 4 dias depois.
A área destruída ainda não foi divulgada. No entanto, de acordo com dados do Painel do Fogo do Sistema de Proteção da Amazônia, incêndios já destruíram 163 mil hectares na região onde a unidade de conservação está localizada.
No dia 18 de setembro, durante o combate às chamas, os agentes do PrevFogo perceberam uma grande concentração de calor. Ao chegarem no local, encontraram a vegetação derrubada para aplicação de veneno. Galões com a substância foram encontrados próximos a uma residência.
Com aproximadamente 180 mil hectares, a Estação Ecológica Soldado da Borracha criada em 2018 com o objetivo de preservar a natureza e propiciar o desenvolvimento de pesquisas científicas, localizada nos municípios de Porto Velho e Cujubim.
Outra unidade de conservação destruída por incêndios em Rondônia é o Parque Estadual Guajará-Mirim. De acordo com o Painel do Fogo, a área queimada no Parque é de 107 mil hectares, o que corresponde a quase metade de toda a vegetação da unidade de conservação.
Os incêndios no Parque Guajará cresceram de forma tão significativa que se tornaram o maior registro ativo em Rondônia e contribuíram para colocar o estado nos piores índices de queimadas dos últimos 14 anos.
Este ano, até o dia 18 de setembro, 8.407 focos de incêndios foram registrados em Rondônia, de acordo com o “Programa Queimadas”, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Essa é a maior quantidade em cinco anos para o período.
A última vez que o estado teve uma quantidade mais expressiva de queimadas foi em 2019, quando 9.370 focos foram identificados.
Entre janeiro e 11 de setembro de 2024, mais de R$ 262 milhões em multas foram aplicadas pelo Batalhão da Polícia Ambiental em Rondônia. Além disso, foram realizadas 970 prisões, sendo 42 por queimadas ilegais. As informações foram divulgadas pela Polícia Militar na quarta-feira (18).
Segundo a Polícia Militar, desde o início do ano até o dia 11 de setembro, mais de 1,9 mil ocorrências de crimes ambientais foram atendidas em Rondônia e 42 pessoas foram presas por queimadas ilegais. Confira os números:
- 1.926 atendimentos de ocorrências;
- 638 aplicações Termos Circunstanciado de Ocorrência;
- 1.429 autos de infração;
- Mais de R$ 262 milhões em multas aplicadas;
- 54.747 m³ de madeira serrada apreendida;
- 41.049 hectares de área embargada; e
- 970 prisões, incluindo 42 por queimadas ilegais.
As informações apresentadas neste post foram reproduzidas do Portal Amazônia e são de total responsabilidade do autor.
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