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Entenda como surgem as cores das penas dos pássaros

Entenda como surgem as cores das penas dos pássaros

Foto: Reprodução/Passaro.org

Nos céus da Amazônia, todos os dias é possível observar um verdadeiro e exuberante desfile de cores. Os pássaros da região, com colorações únicas, despertam encantos e quanto a sua formação, principalmente nos diferentes tons. Mas como acontece essa distribuição de cores em suas penas?

De acordo com o Jornal da USP, cientistas acreditam que a coloração de algumas aves está associada a uma dieta rica em carotenoides – pigmentos naturais que desempenham um papel importante na dieta humana e em outros organismos. Um grupo de pesquisadores confirmou não só de onde vem a cor, mas por onde passam essas substâncias dentro do organismo dos pássaros, até chegarem às penas. 

Vídeo: Reprodução/YouTube-Canal USP

De acordo com o ornitólogo do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Mário Cohn-Haft, as cores são pigmentos que o organismo produz na hora que está formando a pena e as penas desenvolvem as cores que têm por meio de pigmentos internos.

Os pigmentos são sintetizados pelo organismo e a dieta da ave afeta a síntese dos mesmos. Além de uma alteração externa denominada de tapiragem. 

Foto: Anselmo d’Affonseca

Consiste geralmente no arrancar das penas e em esfregar no local certas substâncias (secreções vegetais como o urucum; ou animais, como o sangue; ou ainda secreções da epiderme de anfíbios como sapos, rãs e pererecas) ou ainda gorduras (de peixes ou de mamíferos aquáticos, como a gordura de tartaruga, e com a qual também alimentam as aves), como explica Mário Cohn-Haft:

Foto: Anselmo d’Affonseca

O ornitólogo explica ainda que todo o processo não é tão simples. Segundo ele, uma pena pode ter muitas cores, um desenho, inclusive cada região da pena pode ter uma coloração diferente. As penas crescem, desgastam, caem e são substituídas todo ano. Então, em geral, uma pena que você vê num pássaro tem no máximo um ano de idade.

Segundo o Laboratório de Química do Estado Sólido da UNICAMP, a cor azul não pode ter origem no regime alimentar das aves. Os pigmentos azuis, muitas vezes contidos nas bagas (termo botânico que se refere a um fruto simples, carnudo, com sementes e polpa), são imediatamente destruídos assim que o pássaro digere o alimento.

Mário Cohn-Haft relata que apenas uma pequena porção das espécies de aves no mundo tem penas azuis. Algumas penas no corpo têm cores iridescentes, que é diferente de pigmento. É uma cor criada pela maneira que a luz reflete na estrutura da pena. Ou seja, a cor azul nas penas dos pássaros é causada pela dispersão da luz na estrutura da pena, que é composta por queratina e ar. A interação da luz com a estrutura da pena gera diferentes tons de azul.

Outro exemplo de espécie dada pelo especialista são os beija-flores, que são iridescentes (cujas cores são as do arco-íris ou que reflete essas cores), o resultado disso é que a coloração do bicho varia conforme o ângulo e o tipo de luz do dia.

*Por Karleandria Araújo, estagiária sob supervisão de Clarissa Bacellar

As informações apresentadas neste post foram reproduzidas do Portal Amazônia e são de total responsabilidade do autor.
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