Lula celebra 100 dias de governo com avanços sociais, econômicos e institucionais
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemorou nesta segunda-feira (10) os 100 dias de seu terceiro mandato à frente do Palácio do Planalto, destacando os avanços sociais, econômicos e institucionais alcançados pelo seu governo em um curto período de tempo.
Em um pronunciamento na abertura da reunião ministerial, Lula afirmou que o Brasil está no caminho da recuperação e da reconstrução, após quatro anos de retrocessos e crises provocados pela gestão de Jair Bolsonaro (PL).
“Estamos cumprindo o nosso compromisso de cuidar do povo brasileiro, especialmente dos mais pobres e vulneráveis. Estamos garantindo a vacinação em massa contra a Covid-19, o auxílio emergencial para quem precisa, o aumento do Bolsa Família para quem depende, o crédito para quem quer empreender, a moradia para quem sonha com a casa própria. Estamos retomando os programas que deram certo no passado e criando novos programas para o futuro”, disse o presidente.
Entre as principais realizações do governo Lula nesses primeiros meses estão:
- O aumento do valor médio do Bolsa Família de R$ 400 para R$ 600, beneficiando cerca de 17 milhões de famílias que vivem em situação de extrema pobreza;
- O lançamento do programa Minha Casa Minha Vida, que substituiu o Casa Verde e Amarela, e prevê a construção de 2 milhões de moradias populares até 2026, gerando emprego e renda para milhares de trabalhadores da construção civil;
- A criação do programa Progredir, que oferece crédito, capacitação e assistência técnica para micro e pequenos empreendedores, estimulando a formalização e a geração de renda;
- A ampliação da oferta de vacinas contra a Covid-19, com a compra de doses da Pfizer, da Janssen e da Sputnik V, além das já produzidas pelo Instituto Butantan e pela Fiocruz, garantindo a imunização de mais de 100 milhões de brasileiros até o final do semestre;
- A reativação do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), órgãos consultivos que promovem o diálogo entre o governo e a sociedade civil sobre temas estratégicos para o país;
- A reestruturação dos ministérios, com a criação das pastas da Cidadania, da Ciência, Tecnologia e Inovação, da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, da Cultura e da Comunicação Social, fortalecendo áreas essenciais para o desenvolvimento humano e social;
- A nomeação de uma equipe ministerial mais diversa, com nove mulheres, quatro negros e dois indígenas, representando a pluralidade do povo brasileiro;
- A retomada do diálogo com o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF), os governadores, os prefeitos, os movimentos sociais e os sindicatos, buscando construir consensos e soluções para os problemas nacionais.
Lula também ressaltou que o seu governo está enfrentando os desafios econômicos com responsabilidade fiscal e social, buscando equilibrar as contas públicas sem prejudicar os investimentos públicos e os direitos dos trabalhadores.
“Estamos trabalhando para reduzir a inflação, que é um imposto sobre os mais pobres. Estamos negociando com o Congresso uma nova regra fiscal que substitua o teto de gastos, que é uma camisa de força que impede o crescimento econômico. Estamos lançando um pacote de obras públicas batizado de ‘novo PAC’, que vai modernizar a infraestrutura do país e gerar milhões de empregos”, afirmou.
O presidente também destacou a sua atuação na política externa, buscando se reaproximar dos países da América Latina, da África e da Ásia, e defender os interesses do Brasil nas negociações internacionais sobre temas como o clima, o comércio e os direitos humanos.
“Estamos recuperando o nosso protagonismo no cenário mundial, que foi perdido nos últimos anos. Estamos retomando as relações de amizade e cooperação com os nossos vizinhos e com os países em desenvolvimento. Estamos defendendo a soberania nacional e a autodeterminação dos povos. Estamos lutando por um mundo mais justo, solidário e sustentável”, declarou.
Lula encerrou o seu discurso fazendo um balanço positivo dos seus 100 dias de governo e agradecendo o apoio da população, dos partidos aliados, dos ministros e dos servidores públicos. Ele também fez um apelo pela união nacional em torno dos desafios que o país ainda enfrenta.
“Estou muito feliz e orgulhoso do que fizemos nesses 100 dias. Mas sei que ainda temos muito trabalho pela frente. O Brasil é um país grande, rico e diverso. Temos potencial para ser uma das maiores nações do mundo. Mas para isso, precisamos estar unidos em torno de um projeto de desenvolvimento inclusivo, democrático e soberano. É esse o projeto que eu me propus a liderar e que eu conto com a ajuda de todos vocês para realizar”, concluiu.