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Égua com corpo de mulher? Saiba de qual bloco de Manaus essa boneca é símbolo do Carnaval

Égua com corpo de mulher? Saiba de qual bloco de Manaus essa boneca é símbolo do Carnaval

Foto: Paulinho Tavares/Acervo pessoal

No Carnaval tudo é possível, mas você já ouviu falar da banda que tem como mascote uma boneca com corpo de mulher e cara de égua? Para dizer no mínimo que é algo inusitado, essa é uma das surpresas divertidas do Carnaval em Manaus (AM).

Com mais de 30 anos de e tradição nas festividades carnavalescas de Manaus, a Bhanda da Bhaixa da Hégua faz a alegria dos foliões do Bairro Educandos, na Zona Sul de Manaus, com uma presença ilustre. 

O nome é o mesmo desde sua criação, escolhido na época pelos fundadores Wagner ‘Vavá’, Paulo Tavares, João Branco, Coronel Benfica, Renato Freitas e demais amigos. O uso de ‘Hs’ extras no nome vem da expressão “isso é H”, ou seja, isso é mentira, uma expressão típica da região. Muito utilizada quando uma pessoa diz que vai fazer algo, quando se sabe que ela não vai.

Foto: Paulinho Tavares/Acervo pessoal

E a presença de um mascote tão diferente é explicada pelo presidente da banda, Paulo Tavares, o ‘Paulinho’. Afinal, como surgiu a ideia de representar o famoso bloco manauara com uma boneca tão diferente? 

“A origem se deu em razão de uma famosa rua do bairro Educandos que tem uma baixada, a rua Inácio Guimarães. O nome se deu porque na baixada da rua existiam duas éguas, que viviam lá, na década de 50. As éguas eram usadas para transportar água para os tanques das casas pelas ruas do bairro. Já a forma como se escreve, se deu em razão de na década de 90, surgir um jargão popular com a letra H, em que diziam ‘você só tem H’, para alguém que estivesse mentindo”.

Vira, mexe e então surgiu a Hégua: a boneca que, segundo Paulinho, foi criada com o intuito de valorizar as curvas da mulher brasileira, mas com o rosto da égua, representando o bairro. O curioso é que a personagem foi baseada em uma mulher real: a ex-primeira dama do , Roseane Collor, esposa do ex-presidente Fernando Collor de Mello.

Segundo ele, foi enviada uma carta para o gabinete do presidente pedindo autorização para seguir com a ideia. “Eles acharam o maior barato e responderam que sim, que podiam fazer a boneca da primeira dama. Infelizmente, a carta presidencial desapareceu e até hoje ninguém sabe quem levou”, conta.

A boneca foi usada pela primeira vez em 1991, sendo esta a data de fundação e legalização da documentação da banda. Porém, segundo Paulinho, a banda existe de fato, historicamente, desde 1986, sendo uma das mais antigas de Manaus.

Paulo Tavares conta também que, no início, a forma como a boneca se apresentava em público era diferente, além de ter sido reestruturada várias vezes durante a sua história. 

Foto: Paulinho Tavares/Acervo pessoal

Tradicionalmente, no Amazonas, os manipuladores de grandes bonecos como os bois de Parintins são conhecidos como ‘tripas’. No entanto, a Hégua não é desse jeito. Em forma de charge, a grande boneca é levada pelos foliões ganhando destaque por onde passa.

“A boneca já foi remodelada várias vezes, passando por algumas mudanças. Antigamente era só a cabeça e embaixo ficava uma pessoa dançando. Mas hoje não existe mais essa pessoa, somente a boneca”, revelou o fundador. 

Versão da Hégua em 2017. Foto Reprodução/Rede Amazônica AM

“A manutenção da tradição do verdadeiro Carnaval de rua que se mantém vivo até hoje, sem cobrança de taxa, ingresso ou qualquer tipo de valor, essa é a diferença da Hégua para as demais bandas”, declara o presidente sobre a função social e cultural da banda, de permanecer acessível e incentivar não só a alegria, mas também o comércio local.

O Carnaval Amazônico é um projeto realizado pela Fundação Rede Amazônica, correalizado pelo Grupo Rede Amazônica, com o apoio da Associação Amazonense de Desenvolvimento Cultural (AADC), Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Amazonas, Governo do Amazonas e Prefeitura de Parintins.

O projeto visa resgatar a importância histórica das tradicionais bandas e blocos de Carnaval de Manaus, unindo tradição, cultura e entretenimento, levando a Amazônia para o público de toda a Região Norte. Campanhas educativas e socioambientais também fazem parte do projeto.

As informações apresentadas neste post foram reproduzidas do Portal Amazônia e são de total responsabilidade do autor.
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