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dez livros essenciais do escritor amazonense

dez livros essenciais do escritor amazonense

Livros de Milton Hatoum. Foto: Reprodução

Reconhecido como um dos maiores nomes da literatura brasileira contemporânea, o amazonense Milton Hatoum construiu uma obra marcada pela memória, pelos dramas familiares e pelas mudanças sociais do país. Traduzido para mais de quinze idiomas e vencedor de prêmios como o Jabuti, Hatoum consegue retratar, com lirismo e rigor narrativo, tanto a intimidade dos afetos quanto as grandes transformações históricas.

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O escritor Milton Hatoum. Foto: Ed figueiredo/instagram-cpfsesc

A equipe do Portal Amazônia te apresenta dez livros fundamentais da trajetória literária do escritor amazonense:

Romance de estreia que consagrou Milton Hatoum com o Prêmio Jabuti. A narrativa acompanha o retorno de uma mulher à Manaus, em busca da matriarca Emilie, e reconstrói fragmentos de memória de uma família libanesa marcada pela perda. A prosa lírica e a força evocativa revelam o talento de um autor que já nascia grande.

Ambientado entre o Oriente e o Amazonas, este a literatura é a busca de um mundo perdido, que se reconstrói nas falas alternadas das personagens, ecos longínquos da tradição oral dos narradores orientais.

Onze anos depois, Milton Hatoum retoma o tema das casas desfeitas. A história dos gêmeos Yaqub e Omar expõe rivalidades, paixões e segredos familiares narrados pelo filho da empregada. Dois irmãos é a história de como se constroem as relações de identidade e diferença numa família em crise. 

O livro ganhou adaptação para minissérie da TV Globo e confirmou a projeção nacional do escritor. O livro que tem como centro a história de dois irmãos gêmeos – Yaqub e Omar levou o prêmio Jabuti 2001 de Melhor Romance.

Cinzas do Norte, terceiro romance de Milton Hatoum é um relato sobre amizade, arte e rebeldia na Manaus das décadas de 1950 e 1960. No centro das ambições de Trajano está a Vila Amazônia, palacete junto a Parintins, sede de uma plantação de juta e pesadelo máximo de Mundo.

A trajetória de Raimundo Mattoso, jovem artista em confronto com o pai e com a ditadura militar, se mistura à memória de Olavo, o narrador. Considerado uma “história moral” da geração de Hatoum, o livro amplia a geografia narrativa para Berlim e Londres.

Numa cidade à beira do rio Amazonas, um passante vem procurar abrigo à sombra de um jatobá e, incauto ou curioso, dispõe-se a ouvir um velho com fama de louco. É o que basta para Arminto Cordovil começar a contar a história de Órfãos do Eldorado

Inspirado em mitos amazônicos e no ciclo da borracha, o romance segue Arminto Cordovil, dividido entre o amor por Dinaura e as ambições dinásticas do pai. O livro integra a coleção “Myths”, publicada mundialmente, e recebeu elogios por combinar realismo e fabulação.

Primeiro livro de contos de Milton Hatoum, reúne relatos curtos que transitam entre Manaus e o mundo. Os textos captam desencontros, exílios e memórias, revelando um autor também hábil na narrativa breve.

“Varandas da Eva”; uma passagem de Euclides da Cunha em “Uma carta de Bancroft”; a vida de exilados em “Bárbara no inverno” ou “Encontros na península”; o amor platônico por uma inglesinha em “Uma estrangeira da nossa rua”. Com mão discreta e madura, Hatoum trabalha esses fragmentos da memória até que adquiram outro caráter: frutos do acaso e da biografia pessoal.

Além de ficcionista, Milton Hatoum também é cronista de mão cheia. Em sua coletânea de 96 crônicas sobre literatura, política, memória e afetos. Hatoum reflete sobre o país e sua própria experiência sob a ditadura militar, com a leveza e a precisão de um cronista de primeira linha.

O futuro da literatura, a dureza dos anos vividos sob o regime militar, a realidade cambiante das nossas grandes cidades – tudo isso vem embalado numa prosa tão gentil quanto especulativa, tão sagaz quanto calorosa. Um passeio delicioso, em suma.

Nove anos após a publicação de Órfãos do Eldorado, Milton Hatoum retorna à forma da narrativa longa em uma série de três volumes na qual o drama familiar se entrelaça à história da ditadura militar para dar à luz um poderoso romance de formação.

Primeiro volume da trilogia O Lugar Mais Sombrio. O jovem Martim, separado da mãe, vive em Brasília nos anos 1960 e presencia o endurecimento do regime militar. Romance de formação que articula drama pessoal e história política. Hatoum transita com a habilidade que lhe é própria entre as dimensões pessoal e social do drama e faz de uma ruptura familiar o reverso de um país cindido por um golpe.

Publicado em 2010, o livro traz uma coleção de contos curtos, que, como o título sugere, são histórias que se relacionam e se espelham, refletindo diferentes perspectivas sobre temas comuns da vida cotidiana, como identidade, relações familiares, o destino e os encontros e desencontros humanos.

Temas como: identidade, conflitos familiares e solidão, carregam na obra de Milton Hatoum, muito dessa sensibilidade para o que é humano e como estamos todos conectados por nossas histórias e nossas experiências.

América do século XVII. As irmãs Hannah e May têm seus destinos misteriosamente entrelaçados. Esperta e curiosa, Hannah Powers guarda um segredo – o pai a iniciou na medicina, conhecimento proibido às mulheres. Já sua irmã May, bela e inconseqüente, ultrapassa todos os limites do decoro na pequena cidade inglesa em que vivem.

Segundo volume da trilogia iniciada com ‘A noite da espera’. Martim retorna a São Paulo e experimenta a juventude universitária enquanto acompanha a escalada autoritária do regime. O romance reforça o olhar crítico e sensível do autor sobre a história recente do Brasil.

Livreto que reúne textos ambientados na Amazônia e em São Paulo, originalmente publicados em Um solitário à espreita. O prefácio e o posfácio destacam a empatia social e o rigor literário do autor.

Em resumo, Sete Crônicas é uma obra de grande sutileza, que se distingue pela capacidade de Milton Hatoum de explorar os aspectos mais íntimos da experiência humana com uma profundidade única. O livro, embora seja composto de relatos curtos, tem o poder de tocar o leitor de maneira duradoura, instigando uma reflexão sobre a vida, a memória e as complexas relações que nos formam.

As informações apresentadas neste post foram reproduzidas do Portal Amazônia e são de total responsabilidade do autor.
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