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Curta dirigido por mulheres Yanomami vence prêmio de Cinema

Curta dirigido por mulheres Yanomami vence prêmio de Cinema

Roseane Yariana, Edmar Tokorino Yanomami e Aida Harika Yanomami. Foto: Claudio Tavares/ISA

O curta-metragem ‘Thuë Pihi Kuuwi – Uma Mulher Pensando’, o primeiro dirigido e filmado por mulheres do povo Yanomami, foi um dos vencedores da 23ª edição do prêmio Grande Otelo de Cinema 2024. A obra venceu na categoria de Melhor Curta-Metragem Documentário, na quarta-feira (28), no Rio de Janeiro.

O curta tem nove minutos e conta a de reflexão de uma mulher Yanomami sobre a relação de um xamã — liderança religiosa que tem o poder de contatar espíritos ancestrais, com yãkona, o rapé ritualístico que inicia o indígena no conhecimento xamânico de seu povo.

A direção é assinada por Aida Harika Yanomami, Roseane Yariana Yanomami e o xamã Edmar Tokorino Yanomami. O curta concorreu com as produções “As Marias”, “Cama Vazia”, “Eu, Negra” e “Macaléia”.

Imagens da gravação do curta-metragem “Uma Mulher Pensando”. — Foto: Aruac Filmes/Divulgação

Morzaniel Ɨramari, considerado o primeiro cineasta Yanomami, também captou imagens para o filme e representou os cineastas indígenas no evento.

“A minha prima Roseane, a minha cunhada Aida e meu tio Edmar e eu recebemos, pelas imagens que produzimos, e foi muito bom. Nunca imaginei que todos iríamos ganhar juntos, eu me senti muito honrado em receber o prêmio em nome deles. Fiquei cheio de alegria, estou feliz demais”, disse Morzaniel ao Instituto Socioambiental (ISA), que apoiou a produção.

A estatueta do Grande Otelo, uma homenagem ao ator que dá nome à premiação, foi entregue pela atriz Dira Paes e o cantor Toni Garrido, que apresentaram a edição deste ano. O prêmio teve 30 categorias.

‘Uma Mulher Pensando’ descreve a história de uma mulher Yanomami que observa um xamã durante o preparo da yãkoana, alimento dos espíritos. A partir da narrativa de uma jovem mulher indígena, a yãkoana que alimenta os xapiripë e permite aos xamãs adentrarem o mundo dos espíritos, também propõe um encontro de perspectivas e imaginações.

Com produção de Aruac Filmes, o curta conta ainda com co-produção da Hutukara Associação Yanomami, a mais representativa organização deste povo, e produção associada da Gata Maior Filmes.

Durante as filmagens do filme, outros dois curtas-metragens também foram produzidos: Mãri Hi – A Árvore do Sonho e Yuri Uxëa Tima Thë – A Pesca com Timbó.

O trio de histórias independentes faz parte do projeto “A Queda do Céu”, que deve apresentar um longa-metragem que será como “um novo capítulo” para o livro do xamã Davi Kopenawa e do etnólogo Bruce Albert, de acordo com o ISA.

O filme também conta com apoio da Porticus, Climate and Land Use Alliance (CLUA), Ford Foundation, Nia Tero, Foundation Cartier, Humanize, Arapyaú, Rainforest Foundation Norway (RFN), Norway’s International Climate and Forest Initiative (NICFI), Rede de Cooperação Amazônica (RCA), Instituto Iepé, Instituto Meraki, International Resource for Impact and Storytelling (IRIS), Amazon Watch e Foundation AlterCiné.

*Com informações da Rede Amazônica RR

As informações apresentadas neste post foram reproduzidas do Portal Amazônia e são de total responsabilidade do autor.
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