A corrida pela presidência dos Estados Unidos começa nesta segunda-feira 15. A data marca o início das eleições primárias no país, em que os eleitores deverão escolher quem irá disputar a Casa Branca, bem como os delegados do pleito.
O sistema é complexo e serve, na prática, para tentar democratizar o poder de escolha dos votantes vinculados aos partidos, fazendo com que os nomes escolhidos obtenham um consenso mínimo em cada sigla.
Há duas formas de votar nas prévias que definem os candidatos. Uma delas é conhecida pelo nome de “primárias”. Nela, os eleitores escolhem os candidatos dos seus partidos por meio de cédulas, em votação secreta. Elas valem não apenas para o candidato à Presidência, mas para postulantes aos governos dos estados e ao Congresso.
A segunda é conhecida como caucus. Nesse processo, eleitores se reúnem em locais públicos – escolas, igrejas ou centros esportivos -, debatendo os candidatos e os temas de campanha. Ao final, os eleitores escolhem não apenas os candidatos, mas os delegados.
Estes deverão, assim, participar das convenções nos condados, que servem para eleger os delegados que vão às convenções estaduais e, assim, à convenção nacional. Cada estado norte-americano tem direito a um número próprio de delegados. Além disso, as regras citadas acima podem sofrer alterações, a depender do estado.
Destaque para o fato de que os eleitores dos EUA não escolhem os candidatos de maneira direta. O sistema faz com que os eleitores de um estado escolham, como mencionado, os delegados dos partidos, que devem apoiar o pré-candidato vencedor daquele estado.
Hoje, é a vez do estado de Iowa realizar o caucus. Tradicionalmente, o estado abre os trabalhos nas primárias dos EUA.
Neste ano, porém, há uma diferença: o pleito iniciado hoje serve apenas para o Partido Republicano – cujo favorito à indicação é o ex-presidente Donald Trump -, já que o Partido Democrata decidiu realizar caucus no estado, mas apenas para tratar de assuntos administrativos, sem relação com a escolha do candidato à Presidência.
O partido do presidente Joe Biden, inclusive, decidiu que o seu calendário das primárias deve começar no próximo dia 3 de fevereiro, na Carolina do Sul.
Em termos de disputa, o Partido Republicano vê com grande favoritismo o nome de Trump. Ele disputará a indicação com o atual governador da Flórida, Ron DeSantis, com a ex-governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley, com o empresário Vivek Ramaswamy, e com o ex-governador do Arkansas, Asa Hutchinson.
A principal barreira à candidatura de Trump passa pelo conjunto de processos judiciais que o ex-presidente enfrenta. Em vários estados do país, já há questionamentos judiciais à sua candidatura: o Maine e o Colorado, por exemplo, já barraram (ao menos, provisoriamente) a candidatura de Trump.
Já do lado democrata, Biden deve confirmar a sua tentativa de reeleição, apesar da resistência minoritária ao seu nome.
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