Especialistas do Instituto de Pesquisas da Amazônia Peruana (IIAP), entidade do Ministério do Meio Ambiente (Minam) no Peru, estão aplicando tecnologia agroflorestal nos cultivos de camu camu, com o objetivo de melhorar a produção dessa fruta nativa em regiões como Loreto, Ucayali e Huánuco.
Nesta ação foi comprometida a participação de 349 famílias de 35 comunidades que, juntas, conservam cerca de 580 hectares de florestas.
Dessa forma, tem sido possível aumentar a renda das famílias agricultoras, que hoje utilizam diversas técnicas de poda e adubação orgânica; introdução de novas culturas temporárias; produção de carvão vegetal e a geração de valor acrescentado para esta “superfruta”.
Como parte deste projeto setorial, os produtores foram formados e receberam sementes e fertilizantes orgânicos. A coordenação com o mercado permitiu a venda de 568,5 toneladas de camu camu fresco em Loreto e Ucayali, gerando um valor total de colheita de S/ 3.619.265, valor na moeda local (novo sol peruano).
Os especialistas do IIAP realizaram workshops e reuniões de informação prévia, reunindo chefes de família e autoridades de cada comunidade e visitaram produtores interessados para observar o estado das fazendas. Posteriormente, foi realizado um trabalho com cada família, orientadas quanto às espécies que seriam plantadas em suas roças. Para isso, receberam mudas e sementes.
O IIAP produziu 30 mil mudas selecionadas de camu camu e 9 mil de espécies madeireiras como capirona (Calycophyllum spruceanum), mogno (Swietenia macrophylla) e huacapú (Minquartia guianensis). Os especialistas estimam que ao final da atual campanha a produção da fruta poderá triplicar em relação ao ano anterior.
Segundo os pesquisadores, a agrossilvicultura é uma alternativa viável ao desmatamento, à erosão e à degradação do solo. Este sistema de produção integra culturas anuais, árvores frutíferas e espécies florestais na mesma área, melhorando a produtividade da terra dentro de um sistema sustentável com resultados bem sucedidos.
Super fruta
O camu camu (Myrciaria dubia) é uma das frutas originárias do Peru e cresce de forma silvestre próximo aos rios e em terrenos inundáveis típicos da Amazônia, representando o sustento de mais de 6.000 pequenos produtores dessa região. Em Ucayali e Loreto é considerada uma cultura emblemática.
Em tamanho, essa fruta se assemelha a uma uva com cores que podem variar do vermelho ao cereja quando madura. Contém alta concentração de vitamina C, que é 20 vezes maior que a do limão e dez vezes maior que a da laranja.
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