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Como um único impacto em Marte criou 2 bilhões de crateras no Planeta Vermelho

Marte, o Planeta Vermelho, sempre cativou nossa imaginação com seus mistérios e paisagens alienígenas. Recentemente, cientistas descobriram um evento extraordinário que moldou significativamente a superfície marciana: um único impacto gigantesco que deixou uma cratera principal e mais de 2 bilhões de crateras secundárias em seu rastro.

Esse estudo, apresentado na 55ª Conferência Anual de Ciência Lunar e Planetária, que ocorreu no Texas (EUA), traz informações fascinantes sobre as origens e ramificações desse evento cósmico.

Origens do impacto e suas consequências

Cratera Corinto cercada por inúmeras crateras secundárias. (Fonte: NASA/Reprodução)

O impacto maciço, ocorrido há aproximadamente 2,3 milhões de anos, deu origem à cratera principal conhecida como Corinto, situada em Elysium Planitia, uma vasta planície próxima ao equador marciano. Estima-se que asteroides capazes de causar tal impacto atinjam Marte apenas a cada 3 milhões de anos ou mais, o que faz de Corinto uma das crateras mais jovens de seu tamanho no planeta. A cratera tem cerca de 14 quilômetros de diâmetro e 1 quilômetro de profundidade, indicando a magnitude do evento.

Além da cratera principal, o estudo revelou um extenso “sistema de raios” formado pelo material ejetado do impacto. Esse material espalhou-se por centenas de quilômetros, criando crateras secundárias em um fenômeno sem precedentes. O ângulo de impacto foi estimado entre 30 e 45 graus, e a composição do objeto impactante descrita como “basalto forte e competente”.

Características das crateras secundárias

Representação gráfica das fácies das crateras ao redor de Corinto. (Fonte: Golombek et al./Reprodução)
Representação gráfica das fácies das crateras ao redor de Corinto. (Fonte: Golombek et al./Reprodução)

Os pesquisadores classificaram as crateras secundárias em quatro “fácies” com base em sua forma e distância da cratera principal. Desde as crateras da Fácies 0, mais próximas de Corinto e semicirculares, até as crateras da Fácies 3, longas e estreitas, as características variadas refletem a complexidade do processo de formação. O estudo utilizou dados do Mars Reconnaissance Orbiter (MRO), incluindo imagens do High Resolution Imaging Experiment (HiRISE) e da Context Camera (CTX), para analisar detalhadamente as características das crateras ejetadas.

A identificação e classificação das crateras de material ejetado forneceram detalhes valiosos sobre a distribuição e o padrão de dispersão do material após o impacto. A presença de crateras secundárias a uma distância de quase 2 mil quilômetros da cratera principal destaca a escala impressionante desse evento e sua influência duradoura na paisagem marciana.

As descobertas desse estudo trazem à tona informações sobre os processos geológicos e impactos cósmicos em Marte, ampliando nossa compreensão da evolução do planeta vermelho. Embora o estudo forneça novas informações, também abre novas perguntas e áreas de pesquisa. O que esse evento singular pode revelar sobre a geológica e climática de Marte? Como essas descobertas podem informar futuras missões espaciais e exploração do planeta? O trabalho futuro certamente buscará responder a essas perguntas e desvendar mais segredos sobre a fascinante história de Marte.

As informações apresentadas neste post foram reproduzidas do Site Mega Curioso e são de total responsabilidade do autor.
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