Identificado no fim do Século 19 pelo botânico ítalo-argentino Carolo Spegazzini, no município de Guarapí, sudoeste do Paraguai, o cogumelo Rickiella edulis estava desaparecido naquele país. Mais de 130 anos de sumiço o tornaram uma lenda entre micólogos, os especialistas em fungos.
O longo mistério acabou em 10 de abril deste ano, quando pesquisadores paraguaios e brasileiros encontraram a espécie comestível numa fazenda agroecológica no Departamento Central do país vizinho, no estado que abriga a capital Assunção.
A descoberta reverteu a situação de “extinto no Paraguai” do cogumelo, que agora será cultivado também em ambientes controlados e melhor analisado em laboratórios, por equipes de cientistas.
Mesmo ocorrendo também no sudeste e sul do Brasil e da Argentina, o Rickiella edulis é uma espécie muito rara e listada como em risco de extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).
Poucos dias depois do achado no Paraguai, em 23 de abril, exemplares desse fungo foram localizados de forma inédita em meio à mata nativa do Bosque Municipal Rangel Pietraróia, em Marília (SP).
Com informações do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia do Paraguai (Conacyt) e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP), ligado ao Ministério da Educação.
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