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Clima força milhões a migrar, mas mundo falha na resposta

Clima força milhões a migrar, mas mundo falha na resposta

Dos números atuais não sobram dúvidas sobre o desafio crescente dos deslocados pela aceleração e fortalecimento da crise climática e de outros impactos ambientais. 

Ano passado, no mundo todo, mais de 45 milhões de pessoas – população similar a do estado de São Paulo, ou da Argentina – foram obrigadas a deixar o local onde viviam por desastres ligados ao clima. Contudo, o cenário é ainda mais dramático.

As estimativas das Nações Unidas apontam de 3,3 bilhões a 3,6 bilhões de pessoas suscetíveis a impactos climáticos, ou 45% da população global. Além disso, 70% dos deslocados internos estão em países muito vulneráveis aos impactos das alterações do clima. 

As informações são de uma live promovida pela UniSantos (Universidade Católica de Santos), no último 20 de junho, Dia Mundial dos Refugiados. 

Apesar da preocupação e das prontas ações que essa inegável realidade deveria provocar, pouco é feito de concreto para ajudar essas pessoas ou prevenir desastres climáticos – inclusive no Brasil –, dizem especialistas. 

Numa audiência pública no Senado, realizada sob efeitos do aguaceiro que devastou o Rio Grande do Sul, ano passado, uma fonte do ACNUR (sigla em Inglês do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados), salientou que o país deve se preparar e se antecipar aos desastres. 

Contudo, ao menos há mobilizações políticas, internacionais e no Brasil. 

No Congresso, no mínimo dois projetos de lei tratam de políticas para deslocados ambientais e climáticos – um liderado pela deputada federal Erika Hilton (PSOL/SP) e outro do senador Paulo Paim (PT/RS).

Alvos de uma convenção internacional desde 1951 – ratificada pelo Brasil em 1960 –, os refugiados vêm conquistando certo espaço nos debates e documentos finais nos grandes encontros do clima desde a COP16, no México. 

Este ano não deve ser diferente, na conferência de Belém (Pará), onde um manifesto já assinado por 340 pesquisadores e instituições pedirá ações efetivas e urgentes para amenizar o drama dessas pessoas.

“A ampliação e o fortalecimento do espaço humanitário (…) implicam também análises sobre estruturas de poder, implementação de direitos humanos e transversalização dos temas de gênero, idade e diversidade”, ressalta o documento.

As informações apresentadas neste post foram reproduzidas do Site O Eco e são de total responsabilidade do autor.
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