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Cavalo-marinho é registrado pela primeira vez na Ilha das Palmas, na Baía de Guanabara

Cavalo-marinho é registrado pela primeira vez na Ilha das Palmas, na Baía de Guanabara

A 700 metros da Praia dos Flamboyants, na Freguesia da Ilha do Governador, Zona Norte do Rio, uma ilustre presença chamou a atenção de pesquisadores do Projeto Cavalos-Marinhos do Rio, capitaneado pela Universidade Santa Úrsula: um único peixe da espécie Hippocampus reidi descansava, sob o fundo arenoso da Baía de Guanabara. A descoberta, em agosto passado, animou biólogos e entusiastas da preservação do peixe – foi o primeiro registro de um cavalo-marinho na Ilha das Palmas, uma pequena porção de terra onde há uma sede do Iate Clube do Rio de Janeiro.

“Ficamos muito felizes, pois foi o primeiro registro nessa localidade. É uma fêmea madura e pronta para reproduzir. Estava a um metro de profundidade. Sozinha, mas a expectativa é de que tenham mais por ali”, vibra a bióloga Natalie Meurer, professora e pesquisadora do Núcleo de Biologia da Universidade Santa Úrsula e coordenadora do Projeto Cavalos-Marinhos.

Muita gente nem desconfia, mas a presença de duas espécies de cavalos-marinhos (Hippocampus reidiHippocampus patagonicus), tanto a Guanabara quanto a Baía de Sepetiba, é recorrente. Outros locais de registros são as praias da Região dos Lagos e lagunas. O que pesquisadores tentam descobrir são os impactos de diferentes tipos de poluição nesses bichos, que têm extrema dificuldade em manter seus filhotes vivos – são muitos os predadores. 

“Ainda estamos tentando decifrar o motivo de 99% dos filhotes de cavalos-marinhos morrerem por volta do quinto dia de vida. Essa é uma questão biológica”, diz Natalie. “Mas o que os coloca em ameaça mesmo são a coleta ilegal para aquário, pesca industrial e poluição (lixo e industrial)”.

Microplásticos e morte

Cavalos-marinho bebê visto de microscópio. Emanuel Alencar.

Um dos maiores adversários dos cavalos-marinhos, espécies vulneráveis, são os microplásticos, que acabam se acumulando no trato digestório dele e levando-os ao óbito. Não há uma relação direta da presença dos peixes com melhor qualidade da água: são muitos os aspectos que fazem uma população de cavalo-marinho ocupar uma região num período e outra, noutro período. Já se sabe que eles cumprem longas jornadas: o patagônico, por exemplo, passa temporadas no Rio vindo da Argentina.

Os cavalos-marinhos são seres repletos de características curiosas. Cada peixe ósseo que é carnívoro e se alimenta de pequenos crustáceos vive aproximadamente 7 anos – e os machos ficam grávidos e carregam os filhos numa bolsa, como os cangurus. 

Na Santa Úrsula, a turma de 13 pessoas do projeto que defende a preservação do  peixe – e que existe há 21 anos – montou uma exposição permanente, com acesso gratuito, e dez fotos sobre os cavalos-marinhos em diferentes ecossistemas. É possível também analisar detalhes de um peixe ainda pequenino pelas lentes de um microscópio. A universidade fica na Rua Fernando Ferrari 75, Botafogo.

As informações apresentadas neste post foram reproduzidas do Site O Eco e são de total responsabilidade do autor.
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