Eleita na última semana como presidente do principal colegiado da Câmara dos Deputados, a Comissão de Constituição e Justiça, Carolina De Toni (PL-SC) comanda nesta terça-feira (12) a primeira sessão deliberativa da CCJ. Bolsonarista raiz, a deputada é defensora do agro e da flexibilização do uso de armas de fogo, é contra as vacinas e o MST.
Carol De Toni, como é conhecida, é natural de Chapecó, Santa Catarina. Tem 37 anos, é advogada formada pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó e tem mestrado em Direito Público pelo Centro Universitário Estácio de Santa Catarina.
Iniciou sua vida política em 2016, quando tentou uma vaga de vereadora em Chapecó pelo Partido Progressista (PP), não tendo sido eleita. Em 2018 migrou do PP para o PSL – que se fundiu com o DEM para criar o União Brasil posteriormente – e foi eleita deputada federal.
Já no início de sua atuação parlamentar, em 2019, foi vice-líder do governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados. Em 2022, Carol De Toni acompanhou Bolsonaro na migração para o PL e foi eleita mais uma vez para a Câmara dos Deputados
A parlamentar é a atual Diretora Jurídica da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e ficou nacionalmente conhecida por suas declarações a favor do Marco Temporal para reconhecimento de Terras Indígenas.
Segundo o site Poder360, Carol De Toni se declara como discípula de Olavo de Carvalho, guru do Bolsonarismo desde 2006. O escritor, que era crítico de políticas de isolamento social e da vacinação contra a COVID-19, morreu por complicações da doença em 2022.
Em sua descrição nas redes sociais, diz: “Sim à liberdade, à vida, à família, ao agro e a mais segurança pública”.
Carolina De Toni também foi a responsável indireta pela queda de Ricardo Salles, ao ter apresentado ao então ministro do Meio Ambiente os madeireiros de Santa Catarina investigados por contrabando de madeira ilegal no Pará. O caso foi o estopim para a saída dele do MMA, em 2021.
A parlamentar é a segunda mulher a presidir a CCJ, depois de Bia Kicis, que comandou a Comissão em 2021.
Acordo
Segundo a iniciativa Política por Inteiro, do Instituto Talanoa, a eleição de um membro do PL para a presidência da CCJ é resultado de um acordo firmado entre PT e o partido de Bolsonaro no início do governo Lula.
“No começo do mandato da atual Legislatura, em 2023, uma alternância de liderança entre o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Liberal (PL) foi “combinada” para a presidência da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), tida como a mais poderosa. Isso porque todos os projetos tramitados na Casa precisam de seu “aval de constitucionalidade””, disse a organização, em sua newsletter.
O PL tem a maior bancada da Câmara dos Deputados, com 99 vagas, à frente do PT (68), União Brasil (59), PP (47) e MDB (42).
De acordo com a organização, a movimentação dos novos presidentes nas Comissões Temáticas da Câmara será decisiva para garantir que o Brasil continue em linha com as metas nacionais de descarbonização e com o compromisso de dar o exemplo nas Conferências do Clima.
A primeira reunião deliberativa da CCJ em 2024 tem pautas da Bancada da Bala.
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