A Bolívia descobriu um megacampo de gás natural, de 1,7 trilhão de pés cúbicos, a “mais importante” descoberta deste hidrocarboneto desde 2005, anunciou o presidente Luis Arce nesta segunda-feira 15.
“Com cerca de 50 milhões de dólares [R$ 272,7 milhões] de investimentos em nosso governo, descobrimos um megacampo” no norte do departamento de La Paz, disse o governante durante um ato público.
Segundo Arce, o jazigo contém uma reserva de 1,7 trilhão de pés cúbicos de gás natural (TCF, na sigla em inglês), “sendo a descoberta mais importante para a Bolívia desde 2005”.
O presidente não detalhou para quanto vão subir as reservas de gás no país, pois a petroleira estatal YPFB está em fase de contratação de uma consultoria para realizar os estudos de reservas comprovadas e prováveis.
Até 2019, a Bolívia contava com 8,95 TCF, destinados em grande maioria a Brasil e Argentina. Em 2018, o país alcançou um teto de reservas comprovadas de 10,45 TCF.
As exportações de gás foram a principal fonte de receitas da Bolívia até 2021, quando foram substituídas pelas exportações de ouro.
O próprio Arce reconheceu que seu país enfrenta uma queda na produção de gás, pois deixou de explorar e repor suas reservas durante uma década.
Segundo dados da YPFB, a Bolívia produz atualmente 35 milhões de metros cúbicos diários (mmcd) de gás, destina de 4 a 5 mmcd à Argentina, cerca de 28 mmcd ao Brasil e 12 mmcd para seu mercado interno.
O declínio da atividade gasífera fez com que a Bolívia consumisse suas reservas cambiais para sustentar a importação de diesel e gasolina, o que, em consequência, levou a uma escassez de dólares no sistema bancário.
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