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Beguinas: as comunidades femininas que desafiaram a Inquisição

Beguinas: as comunidades femininas que desafiaram a Inquisição

As beguinas eram mulheres religiosas que nasceram no final do século XII, principalmente nas regiões dos Países Baixos, norte da França e oeste da Alemanha. Elas buscavam uma vida religiosa e contemplativa, dedicando-se à oração, ao trabalho manual e à ajuda aos mais necessitados.

Diferente das ordens religiosas tradicionais, as beguinas não praticavam votos solenes, o que lhes permitia manter a independência em relação aos seus superiores religiosos e à autoridade da Igreja. Isso as tornou alvos de suspeita e perseguição por parte da Inquisição, que as acusava de heresia.

No entanto, as beguinas continuaram a se expandir por toda a Europa e desenvolver seus próprios modos de vida e trabalho comunitário. Elas viviam em pequenas comunidades, muitas vezes em casas coletivas, chamadas de beguinagens. Nessas comunidades, elas compartilhavam o trabalho e os recursos, cuidavam dos doentes e pobres, e produziam bens essenciais para a sociedade, como tecidos, medicamentos e alimentos.

A vida das beguinas era caracterizada por um equilíbrio entre a vida contemplativa e a ação prática, em que a oração era vista como uma forma de fortalecimento e inspiração para o trabalho. Elas também valorizavam a educação e o estudo da Bíblia, o que as tornaram conhecidas como “mulheres letradas”.

Com o tempo, as beguinas se tornaram menos comuns na Europa, mas sua influência e legado continuam a ser pensados ​​e celebrados. Elas desafiaram as normas de gênero e religião da época, criando espaços de autonomia e solidariedade para as mulheres e desejando para a produção de bens e serviços essenciais para a sociedade.

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