Grandes felinos, pássaros, pangolins, primatas e répteis estão numa lista de 20 mil animais vivos apreendidos no fim do ano passado numa megaoperação coordenada por Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal) e WCO, sigla em Inglês da Organização Mundial das Alfândegas.
Além dos animais, todos de espécies em risco de extinção ou protegidos pela Convenção sobre Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (Cites), foram flagradas madeiras e outros itens retirados ilegalmente da natureza.
Tudo foi confiscado pela Operação Thunder, a maior do gênero desde 2017, dizem as entidades. Ao todo, autoridades policiais, alfandegárias, de fronteiras, florestais e de vida selvagem realizaram 2.213 apreensões em 138 países e regiões.
Amostras de DNA dos animais foram colhidas para tentar identificar rotas de tráfico desde onde foram roubados e direcionar sua possível repatriação, sempre após quarentenas – para identificar potenciais problemas de saúde – e reabilitação.
Além de animais vivos, foram apreendidas centenas de milhares de partes e derivados de espécies protegidas, árvores, plantas e vida marinha.
No caso das madeiras, os flagrantes aconteceram sobretudo em remessas de contêineres por navios, enquanto as demais apreensões ocorreram em aeroportos e centros de processamento de correspondências.

“O comércio ilegal de vida selvagem cresce rapidamente, é altamente lucrativo e tem efeitos devastadores. Com nossos esforços conjuntos, estabelecemos mecanismos de cooperação que facilitam a troca de informações e inteligência”, disse o secretário-geral da WCO, Ian Saunders.
Todo o mundialmente traficado abastece mercados criminosos de alimentos, de itens de “luxo”, de insuspeita medicina, colecionadores, de animais de estimação ou de competição.
A mesma operação deteve 365 suspeitos, identificou mais de 100 empresas e 6 redes criminosas transnacionais ligadas ao tráfico de animais e plantas protegidas. Alguns bandidos usavam vários perfis online e contas em mídias sociais para expandir suas vendas.
“Redes criminosas lucram com a demanda por plantas e animais, exploram a natureza pela ganância humana. Isso impulsiona a perda de biodiversidade, destroi comunidades, contribui para mudar o clima e alimenta conflitos e instabilidade”, ressaltou o secretário-geral da Interpol, Valdecy Urquiza.
Abaixo, imagens de animais vivos apreendidos na Operação Thunder. As fotosd Fotos: Interpol/Divulgação
*Com informações da Interpol. Também buscamos com a Polícia Federal do Brasil dados sobre outros itens apreendidos e ligados ao país, mas não houve retorno.
As informações apresentadas neste post foram reproduzidas do Site O Eco e são de total responsabilidade do autor.
Ver post do Autor