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Amazônia Real tem finalistas no prêmio +Admirados Jornalistas Negros e Negras 2025

Amazônia Real tem finalistas no prêmio +Admirados Jornalistas Negros e Negras 2025

Kátia Brasil, Nicoly Ambrosio, Hellen Lirtêz e Felipe Medeiros, além da própria agência Amazônia Real, estão na final da terceira edição da premiação, que reconhece profissionais da imprensa brasileira negros. A iniciativa recebeu mais de 400 indicações do público, um recorde, 142 são finalistas este ano. (Foto: Jurandir Santana/Jornalistas&Cia).


Manaus (AM) – A Amazônia Real é finalista do Prêmio +Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira, As indicações incluem a própria agência e membros de sua equipe: Kátia Brasil, Nicoly Ambrosio, Hellen Lirtêz e Felipe Medeiros. A premiação incentiva o antirracismo nas redações, reconhece e valoriza o trabalho dos profissionais da comunicação numa ação afirmativa da organização   Jornalistas&Cia, em parceria com os sites Neo Mondo e 1 Papo Reto e com a Rede JP – Jornalistas Pretos. A votação, aberta ao público, vai até o dia 30 de setembro. Vote aqui.

Nesta terceira edição, mais de 400 jornalistas negros e negras foram indicados na primeira fase de votação nas redações e no voto popular. Desses, 142 jornalistas estão também na final, entre eles Zileide Silva e Aline Midlej, ambas da empresa Rede Globo, e foram homenageadas especiais nas edições do +Admirados nos anos de 2023 e 2024, respectivamente.

O público vai continuar votando para decidir quem são os premiados. Entre os jornalistas que seguirão na disputa por um lugar nos TOP 50 +Admirados, 99 atuam na região Sudeste, 19 do Centro-Oeste, 15 do Norte, 7 do Nordeste e 2 do Sul. 

A jornalista e pesquisadora Michelle Chagas, diretora da Rede de Jornalistas Pretos e coordenadora da Articulação pela Mídia Negra, destaca que o Prêmio +Admirados do Ano reflete os trabalhos que já vêm sendo desenvolvidos pelos profissionais negros do Brasil. Ela ressalta a importância de aproximar profissionais experientes e jovens talentos e o recorde de indicações nesta terceira edição.

“O prêmio uniu a mídia tradicional e a mídia independente. Quando você coloca Kátia Brasil, uma referência em um veículo independente, mas coloca também um profissional jovem, que está começando, com outros grandes nomes, isso impacta na carreira dele também, impacta em como ele pode olhar para o futuro. Esse ano, inclusive, muitos novos nomes apareceram na lista. Isso quer dizer que existe lugar para renovação, para uma galera nova que tem se destacado. Isso é muito bom”, comemora Marcelle Chagas.Além da agência Amazônia Real, pela região Norte são finalistas mais dois veículos liderados por pessoas negras: os sites Diversa AM e Laranjeiras News. Entre os o grupo de profissionais estão: Ruthiene Bindá, da Rede Amazônica; Maurício Max, da BandNews Difusora FM; Valter Cardoso, da TV Acrítica; Adrisa de Góes, da Revista Cenarium; e  Marcela Bonfim, da Amazônia Negra, indicada na categoria de imagem e vídeo.

Esta é a primeira vez que os jornalistas Nicoly Ambrosio (repórter em Manaus) e Felipe Medeiros (atua em Roraima), repórteres da Amazônia Real, são indicados ao Prêmio +Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira. Premiada com o Troféu Tim Lopes (Revelação do Ano) em 2024, a jornalista Hellen Lirtêz, colaboradora da agência no Acre, também é finalista nesta terceira edição.

Jornalista e fotógrafa independente que vive em Manaus, a repórter Nicoly Ambrosio produz trabalhos voltados para coberturas investigativas sobre justiça racial e social, crise climática e violência policial contra pessoas negras e indígenas na Amazônia.

“Não se pensa em negritude quando se fala de Amazônia, mas nós, jornalistas negros da região, trazemos isso em nossos trabalhos e nos nossos olhares. Os finalistas do prêmio são profissionais negros de excelência, comprometidos com a luta antirracista no Brasil. Temos poucas oportunidades de trabalho e muitas portas fechadas. Nas redações, acham que somos incapazes e não nos contratam. Por isso, é fundamental valorizar e reconhecer o trabalho dos jornalistas negros e negras do País”, disse Nicoly.

Nicoly Ambrosio no Congresso da Abraji (Foto Alberto César Araújo Amazônia Real).

Kátia Brasil, cofundadora e editora executiva da agência Amazônia Real, volta a figurar entre os nomes reconhecidos no cenário nacional. Em 2024, ela estreou entre os TOP 50 +Admirados Jornalistas Negros e Negras do Ano, ao lado de profissionais como Fabiana Moraes (The Intercept), Basília Rodrigues (CNN), Flávia Lima (Folha de S. Paulo) e Glória Maria (Agência Mural). A jornalista também ganhou o TOP 3 Regional do Prêmio Einstein +Admirados da Imprensa de Saúde, Ciência e Bem-Estar. 

“Este é um dos prêmios mais importantes da atualidade para a nossa profissão. Valoriza os e as jornalistas negros e negras nas redações, contratados como repórteres, editores e chefes porque ainda temos empresas que ainda não abriram suas portas para a inclusão e diversidade, inclusive na região Norte, que em em sua maioria populacional pessoas indígenas e negras. É um prêmio [os +Admirados] inclusivo regionalmente e diverso no ecossistema da mídia brasileira, vamos aproveitar essa oportunidade”, declarou Kátia Brasil.

No dia 29 de setembro, em São Paulo, Kátia Brasil vai receber o Prêmio 100 +Admirados Jornalistas Brasileiros, que comemora os 30 anos da organização Jornalistas & Cia. Foram mais de 2.300 profissionais indicados por votos nas redações e populares. A somatória final dos pontos definiu os 100 primeiros colocados, mas também os TOP 10 +Admirados Jornalistas de 2025 e os cinco campeões regionais.

Kátia Brasil, cofundadora da Amazônia Real (Foto: Alberto César Araújo/Amazônia Real).

Também indicada da terceira edição do +Admirados do Ano, a jornalista Hellen Lirtêz destaca a importância da inclusão e diversidade nas redações do Brasil. “Eu acredito que para o momento em que a gente vive no mundo, com guerras, jornalistas sendo mortos em Gaza, discriminação e um país como o nosso, que ainda está tentando se reconhecer racialmente, é muito importante que um prêmio valorize os profissionais da imprensa negros que tentam lutar contra o racismo nessas frentes de comunicação. Para mim, nos últimos tempos, trabalhar com jornalismo tem sido isso ver o resultado das coisas que eu escrevo, das pessoas que eu conheço, das situações de conflito que minimamente a gente consegue reportar e a Amazônia Real é o veículo que me possibilitou entender como fazer isso”, disse Hellen Lirtêz.

Felipe Medeiros e Hellen Lirtês (Fotos: Alberto César Araújo e Luciana Vassoler)

A Amazônia Real também esteve, no ano passado, entre os Veículos TOP 5 (Liderados por Jornalistas Negros ou Negras) ao lado de Africanize, Alma Preta, Nós, Mulheres da Periferia e Ponte Jornalismo. Fundada em 2013, a agência de jornalismo independente e investigativo tem a missão ética de fazer jornalismo pautado nas questões da Amazônia e dos seus povos. A linha editorial é voltada à defesa da democratização da informação, da liberdade de expressão, da liberdade de imprensa e dos direitos humanos. A Amazônia Real também atua no fortalecimento do jornalismo independente e inclusivo com recorte de raça e etnia através da Articulação pela Mídia Negra. Veja as outras premiações.

Além de eleger os TOP 50 Jornalistas +Admirados do Brasil, o segundo turno da votação, que começou nesta terça-feira (16) e segue até 30 de setembro, definirá também os TOP 5 nas categorias Profissionais de Imagem (foto e vídeo) e Veículos (Geral e Liderados por Jornalistas Negros ou Negras). 

A cerimônia de premiação está marcada para o dia 10 de novembro, na Câmara Municipal de São Paulo. Serão entregues ainda homenagens especiais como o Troféu Luiz Gama (Decano e Decana), o Troféu Tim Lopes (Revelação do Ano) e o Troféu Glória Maria (Personalidade do Ano). 

Vinicius Ribeiro, diretor de marketing institucional do Jornalistas&Cia, afirmou que esta edição teve recorde de indicações e consolidou a repercussão que o prêmio tem ganhado nos últimos anos. Segundo Ribeiro, iniciativas anteriores da organização, como o censo racial da imprensa e a série de podcasts Diversifica, sobre diversidade, equidade e inclusão no jornalismo, contribuíram para ampliar a discussão sobre representatividade e diversidade na profissão. 

Em 2014, quando o Jornalistas&Cia lançou o prêmio “100 Mais Admirados”, apenas dois profissionais negros figuravam na lista dos cem mais reconhecidos do país. Neste ano, o número saltou para 20 jornalistas. 

“A gente identificou que mais de 80% das redações são brancas. Então, eu acredito que fazer um prêmio dessa forma, a gente consegue dar mais visibilidade para profissionais que não estão nas grandes redações e tentar mudar um pouco esse panorama”, disse.

Como votar na Amazônia Real?

Para votar, basta acessar este link, preencher um rápido cadastro e escolher, do 1º ao 5º colocado, até cinco opções dentre os finalistas de cada uma das categorias. Cada posição renderá uma pontuação, seguindo a ordem de 100 pontos para o 1º colocado, 80 para o 2º, 65 para o 3º, 55 para o 4º e 50 para o 5º. O resultado final será obtido da soma dessas pontuações.

Vote aqui na Amazônia Real, Kátia Brasil, Nicoly Ambrosio, Hellen Lirtêz e Felipe Medeiros.


As informações apresentadas neste post foram reproduzidas do Site Amazônia Real e são de total responsabilidade do autor.
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