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Amazônia Real estreia o videocast “Tô de Butuca na COP30”

Amazônia Real estreia o videocast “Tô de Butuca na COP30”

Belém (AM) – A agência Amazônia Real estreia, nesta quinta-feira (13), a temporada do videocast “Tô de Butuca na COP30!”, com transmissão ao vivo do estúdio situado no centro de Belém do Pará, sede da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. Com apresentação das jornalistas Kátia Brasil e Cristina Serra, o programa será transmitido das 16h às 17h, pelo Youtube, e será disponibilizado nas plataformas de podcast. 

Com quatro episódios, já que a conferência tem prazo para terminar no dia 21 de novembro, o videocast “Tô de Butuca na COP30” está sendo produzido em Belém, na redação nomeada de Casa Amazônia Real, espaço em que as apresentadoras irão receber e entrevistar lideranças indígenas, cientistas, ambientalistas, entre outros convidados, que estão acompanhando a conferência. 

“Estarei ao lado de dois grandes jornalistas paraenses: Cristina e Ismael, que conhecem profundamente e vivenciam as transformações de Belém, principalmente na concretização desse megaevento, que é uma COP. O programa é um espaço de escuta dos povos indígenas e tradicionais, mas também dos pesquisadores e especialistas da floresta amazônica”, disse Kátia Brasil, que assina a direção do “Tô de Butuca” – uma expressão nortista, que significa estou de olho e prestando muito atenção.

Com comentários do jornalista Ismael Machado, o videocast vai repercutir com os convidados temas que estão na mesa de negociações na conferências, como os esforços da adaptação às mudanças climáticas nos territórios amazônicos, a redução do uso de combustíveis fósseis, o financiamento climático, a justiça climática, o racismo ambiental, a luta dos povos amazônicos contra secas e enchentes, desmatamentos e queimadas – vilões das emissões de gases do efeito estufa, que causam a alterações severas no clima e incertezas no futuro da humanidade.

Mineração nos territórios

Vista aerea da comunidade Soares do povo indigena Mura, localizada no municipio de Autazes.
Vista aérea da comunidade Soares, do povo indígena Mura, localizada no município de Autazes (AM). A localidade sofre pressão para que a mineração de potássio seja realizada em seu território. (Foto: Bruno Kelly/Amazônia Real).

O primeiro videocast “Tô de Butuca na COP30”, que estreia nesta quinta-feira (13), terá como tema “Territórios em disputa: o rastro da mineração industrial”. A produção técnica e imagens é da fotógrafa Juliana Pesqueira. A jornalista Lilian Campelo assina a assistência de produção. 

Para debater esse tema, o “Tô de Butuca na COP30” recebe a liderança indígena Filipe Gabriel Mura, do povo Mura e tuxaua da Aldeia Lago do Soares, território localizado em Autazes, no Amazonas, e a professora e engenheira química Simone Pereira, da Universidade Federal do Pará (UFPA). 

A exploração dos recursos minerais no Brasil, traz sérios impactos aos povos indígenas. O povo Mura enfrenta forte pressão em razão da extração industrial de potássio na região, projeto aprovado pelos governos estadual e federal. O artista plástico e comunicador, Filipe Mura atua na defesa do território, da cultura e dos direitos originários de seu povo. Tem se destacado na luta contra a mineração em terras indígenas e na promoção da justiça climática e ambiental na Amazônia. O povo Mura enfrenta forte pressão em razão da exploração industrial de potássio na região, projeto aprovado pelos governos estadual e federal.

Em Barcarena, nordeste do Pará, as comunidades quilombolas e indígenas sofrem com os  impactos socioambientais da mineração industrial. A professora Simone Pereira desenvolve pesquisas sobre os efeitos da atividade industrial sobre populações indígenas, quilombolas e ribeirinhas, com foco especial em Barcarena desde 1985. Ela atuou como pesquisadora em 2018 na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investigou os danos ambientais na Bacia Hidrográfica do Rio Pará.

O videocast “Tô de Butuca na COP30” é uma realização da agência Amazônia Real, mídia independente reconhecida internacionalmente por sua cobertura dos impactos de megaempreendimentos, das invasões dos territórios, dos desmatamentos, garimpos, mineração industrial, violações de direitos humanos e do racismo ambiental, além da luta dos direitos das mulheres e pessoas LGBTQIAP+ na região amazônica.

Campanha de financiamento

Desde o dia 3 de novembro, a equipe de jornalistas da Amazônia Real está trabalhando em Belém para acompanhar a cobertura da COP30. A prioridade dos jornalistas é relatar os eventos dos movimentos sociais, que combatem o apagamento e invisibilidade na negociação do que foi firmado pelo Acordo de Paris, tais como Espaço Chico Mendes na COP30, Aldeia COP30, a Cúpula dos Povos rumo à COP30 e a COP das Baixadas, um movimento de incidência com ações de educação climática, atividades culturais, de lazer e esporte nas comunidades paraenses. 

A realização da cobertura da COP30 e da produção do videocast “Tô de Butuca na COP30”, em Belém, só foi possível com o apoio das doações dos leitores e de financiadores que custearam as passagens aéreas da equipe e alugou o espaço onde está situada a Casa Amazônia Real, no qual os jornalistas estão hospedados até o final de novembro.

A campanha de financiamento está aberta e sua meta deverá ser batida ainda este mês. O recurso é utilizado para arcar com as despesas de remuneração dos profissionais, custear alimentação, transporte e comprar equipamentos.

A Amazônia Real é a primeira agência de jornalismo independente, investigativo e sem fins lucrativos na região Norte do país. Ela foi fundada por duas jornalistas mulheres em 2013 em Manaus, no estado do Amazonas. Sua cobertura da agência conta o trabalho de uma rede de jornalistas, que atuam em várias cidades da região e tem colaboração de um grupo de especialistas da Amazônia, entre eles, o jornalista Lúcio Flávio Pinto, a historiadora Patrícia Melo Alves, o historiador Juarez Silva, e o ecologista e Prêmio Nobel da Paz Philip Fearnside.

A missão da Amazônia Real é fazer jornalismo ético e investigativo, pautado nas questões da Amazônia e de seu povo. A linha editorial é voltada à defesa da democratização da informação, da liberdade de expressão, da liberdade de imprensa e dos direitos humanos.

O jornalismo produzido pela agência conta com o trabalho de profissionais com sensibilidade na busca de grandes histórias da Amazônia e de suas populações, em especial daquelas que não têm espaço na grande imprensa.

Reconhecida com prêmios nacionais e internacionais, a Amazônia Real recebeu o Prêmio Público em Língua Portuguesa The Bobs, Rei da Espanha ao Meio de Comunicação Mais Destacado da Ibero-América,  Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, Comitê Chico Mendes, Veículo +Admirado liderado por pessoa negra.

Equipe do “Tô de Butuca na COP30”

Apresentação: Kátia Brasil e Cristina Serra 

Comentários: Ismael Machado

Produtora técnica/imagem: Juliana Pesqueira

Assistente de produção: Lilian Campelo

Redes sociais: Iris Brasil e Wanderson Curcino

Direção: Kátia Brasil

Contato: redaçã[email protected]


A Cobertura da Crise Climática e COP30 da Amazônia Real é exclusiva para amplificar as vozes dos povos indígenas e tradicionais da região amazônica. Republique nossos conteúdos: Os textos, fotografias e vídeos produzidos pela equipe da agência Amazônia Real estão licenciados com uma Licença Creative Commons – Atribuição 4.0 Internacional (CC BY ND 4.0), e podem ser republicados na mídia: jornais impressos, revistas, sites, blogs, livros didáticos e de literatura; com o crédito do autor e da agência Amazônia Real. Fotografias cedidas ou produzidas por outros veículos e organizações não atendem a essa licença e precisam de autorização dos autores.


As informações apresentadas neste post foram reproduzidas do Site Amazônia Real e são de total responsabilidade do autor.
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