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Afinal, será que ilusões olfativas realmente existem?

Afinal, será que ilusões olfativas realmente existem?

Quando pensamos em ilusões sensoriais, aparentemente não faltam exemplos, passando pelas famosas miragens que podem surgir no deserto, ou mesmo no asfalto da estrada em um dia quente.

Dentro disso, ainda há imagens que conseguem passar a falsa ideia de movimento. Já no campo auditivo, existem ruídos que parecem aumentar de intensidade e geram um efeito comparável. Mas e quanto às ilusões olfativas?

Ao tentar identificá-las, pode ser que acabemos nos lembrando dos cheiros que gostamos, seja do café servido de manhã, do perfume da pessoa amada, ou aquele famoso e bastante característico cheirinho de bebê. Mas neste caso, não são ilusões.

Segundo Clare Batty, professora de psicologia da Universidade de Kentucky, as ilusões olfativas não existem, e foi justamente isso que ela explorou em um artigo publicado no Journal of Consciousness Studies em 2010.

(Fonte: Getty Images/Reprodução)

O que são ilusões olfativas?

Vamos começar pelo que seria a sua definição, segundo Clare: uma ilusão olfativa, diferente de uma alucinação, depende da presença de estímulos reais para ocorrer. Ou seja, a ilusão surge a partir da identificação errada de um determinado objeto. Em se tratando de um cheiro, seria necessário recorrer a outros sentidos para avaliar do que se trata.

Será que essa percepção polêmica acerca da inexistência de ilusões olfativas decorre da ausência de estudos que explorem isso? Segundo um artigo publicado que refuta a ideia sustentada por Clare, a resposta para isso poderia ser outra. 

As ilusões olfativas não são reconhecidas como tal justamente porque elas não proporcionam a consciência de terem sido vivenciadas, em geral. Ou seja, elas exigem um tipo diferente de caracterização, defende o pesquisador olfativo Richard Stevenson, da Universidade de Macquarie.

Por se tratar de um sentido com natureza distinta dos demais, o olfato apresenta limitações próprias, explicou Richard, em entrevista à PopSci. Em outras palavras, o estudo publicado por ele explora o conceito de ilusão olfativa de outra forma, mais aceita dentro da comunidade científica: trata-se de uma “percepção errada, nomeadamente uma disparidade entre a realidade objetiva e uma percepção”. E como já falado, ainda ocorre a ausência de consciência quando ela se apresenta.

(Fonte: Getty Images/Reprodução)(Fonte: Getty Images/Reprodução)

Em busca de ilusões olfativas

Em busca de evidências das ilusões olfativas, o autor do estudo “Ilusões olfativas: onde estão?” sustenta que já existem diversos experimentos que exploraram como a percepção do cheiro de algo pode ser afetada por diferentes variáveis e, portanto, ela possui uma natureza particular.

Dentre as referências do artigo de Richard, temos um estudo publicado em 1972. Nele, a expectativa acerca do sabor do alimento mostrou seu efeito ao fazer com que a percepção do odor fosse afetada pela aparência. E isso ocorreu mesmo quando o alimento não apresentava odor algum.

Ao seguir no campo da sinestesia, outro experimento foi além: ao realizar a análise de vinhos por meio do olfato, as pessoas tiveram a sua percepção influenciada pela cor da bebida. O artigo aborda que, a partir disso, foi possível demonstrar que os participantes apontaram que o vinho branco colorido artificialmente seria vinho tinto devido à sua aparência.

Ou seja, quanto à existência das ilusões olfativas, talvez tudo seja uma questão de interpretação, mas no final das contas, é um assunto interessante para ser explorado.

As informações apresentadas neste post foram reproduzidas do Site Mega Curioso e são de total responsabilidade do autor.
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