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Achado de 700 a.C. desvenda antigos rituais de enterro de cães

Achado de 700 a.C. desvenda antigos rituais de enterro de cães

Harran, na atual Turquia, é uma cidade com mais de 6 mil anos de , famosa por seu papel como centro religioso e comercial no mundo antigo. Recentemente, uma descoberta inusitada trouxe à tona mais um enigma dessa fascinante região: arqueólogos encontraram os restos de quatro cães dispostos em formato de lua crescente, datando de 700 a.C.

A descoberta foi feita no Templo de Sin, uma área que já serviu como núcleo espiritual de Harran. Os pesquisadores acreditam que os cães estavam ligados a rituais dedicados à deusa mesopotâmica Gula, reforçando a importância dos cultos religiosos na cidade durante a Idade do Ferro.

Rituais e simbolismo em Harran

Arqueólogos encontraram os restos de quatro cães dispostos em formato de lua crescente, datando de 700 a.C. (Fonte: Fadime Kildi/Gazete Ipekyol/Reprodução)

Os restos mortais foram descobertos por uma equipe liderada pelo Dr. Mehmet Önal, da Universidade de Harran, que explicou a disposição única dos cães: “Os enterros em formato crescente reforçam a conexão espiritual com práticas antigas.” O local, com ruínas que remontam a 2500 a.C., já revelou artefatos significativos de diferentes civilizações, incluindo babilônios e romanos.

Harran, mencionada em textos bíblicos, era também famosa por suas práticas espirituais. Os cães, símbolos recorrentes em representações religiosas mesopotâmicas, aparecem tanto em esculturas quanto em rituais. A nova descoberta oferece pistas sobre o cotidiano espiritual e social da cidade.

Com o apoio do governo turco e organizações arqueológicas, as escavações continuam a revelar detalhes sobre a complexa história dessa região, incluindo a interação entre comércio, política e religião.

Gula, cães e o poder da cura

Gula, a deusa mesopotâmica da cura, com um cachorro a seus pés. (Fonte: Wellcome Images/Reprodução)
Gula, a deusa mesopotâmica da cura, com um cachorro a seus pés. (Fonte: Wellcome Images/Reprodução)

Gula, a deusa mesopotâmica da medicina e cura, era frequentemente retratada ao lado de cães, considerados sagrados. Ela era conhecida como “curadora da terra” e tinha seus templos repletos de figuras de cães com orações inscritas. Textos antigos sugerem que a saliva desses animais era vista como curativa, reforçando o simbolismo dos enterros ritualísticos.

O formato crescente dos sepultamentos aponta para práticas religiosas específicas e a veneração de Gula como protetora da saúde. Segundo o Dr. Önal, “os cães eram ligados à deusa da cura, e essas práticas refletem a ligação entre espiritualidade e medicina na Mesopotâmia.”

Embora esta descoberta seja significativa, é apenas o começo de uma investigação mais ampla. Harran, com sua rica história e camadas arqueológicas, promete trazer novas revelações sobre a vida e a religiosidade de uma das civilizações mais antigas do mundo.

As informações apresentadas neste post foram reproduzidas do Site Mega Curioso e são de total responsabilidade do autor.
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