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A história da família brasileira nazista que dá nome a um bairro do Rio

A história da família brasileira nazista que dá nome a um bairro do Rio

Um professor de História, em uma escola no Rio de Janeiro, foi dar aula sobre nazismo. Ele mostrou para seus alunos a suástica e disse que aquele era o símbolo dos nazistas. Uma aluna levantou a mão e disse que já viu no sítio da sua família um tijolo com aquele mesmo símbolo. Isso despertou a curiosidade no professor, que procurou saber mais sobre o assunto. Aquele tijolo pertencia a uma construção demolida no sítio que era um casebre.

Sidney Aguilar (o professor) não sabia que em sua pesquisa iria descobrir uma história tão bizarra que iria se transformar no documentário chamado “Menino 23”.

Esse sítio pertence a família Rocha Miranda, uma das famílias mais importantes da História do Rio de Janeiro de origem escravocrata. Em sua pesquisa, Sidney descobriu que a família Rocha Miranda tinha um integrante que era MEMBRO do partido nazista aqui no Brasil, que era o MAIOR partido nazista fora da Alemanha e que outras pessoas da família eram ligados ao Partido Integralista Brasileiro, que era um “fascismo tupiniquim”.

Tá achando bizarro? Calma que vai ficar ainda mais. Em sua pesquisa, Sidney descobriu que a família Rocha Miranda adotou 50 crianças de um orfanato para escraviza-las e todas elas eram NEGRAS. No documentário, um homem conhecido como Seu Aloísio, que foi uma das vítimas, disse que as crianças não eram chamadas por nomes, mas sim por números e o seu era 23.

Os meninos só foram libertados do cárcere quando o governo Vargas rompeu de vez as relações com o Eixo. Daí, os nazistas, assim como o Partido Integralista, foram perseguidos e a família Rocha Miranda perdeu o status que tinha.

Hoje isso parece algo extremamente absurdo, mas para época não era. Segue uma frase de um Deputado Federal chamado Alfredo da Matta em discurso no ano de 1933: “A eugenia, senhor presidente, visa a aplicação de conhecimentos úteis e indispensáveis para reprodução e melhoria da raça.”

No tempo que os garotos foram feitos de escravos, o Brasil vivia o ápice da política de superioridade racial e de “branqueamento”, impulsionadas pelo darwinismo social. Isso não faz 200 ou 100 anos: isso faz apenas 89 anos. Como que em tão pouco tempo o nosso país deixou de ser racista? Aos que dizem que o Brasil não é um país racista: será mesmo?

Hoje, o nome da família Rocha Miranda carrega o nome de um importante bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro.

Segundo a pesquisadora Adriana Abreu Magalhães Dias, antropóloga da Unicamp, o Brasil tem mais de 300 células nazistas em funcionamento. Em suas pesquisas especializadas na ascensão da extrema direita, Adriana também identificou mais de 6.500 endereços eletrônicos de organizações nazistas somente em língua portuguesa e dezenas de milhares de neonazistas brasileiros em fóruns internacionais.

obs: esse documentário é INCRÍVEL e foi produzido pela produtora Giros Interativa LTDA com o grande apoio da ANCINE (que hoje corre sério risco de ser extinta no governo Bolsonaro) e está disponível no Youtube.

Fonte: História No Paint

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