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Área 51 do Pará? Os mistérios extraterrestres da Ilha de Colares

Área 51 do Pará? Os mistérios extraterrestres da Ilha de Colares

Avistamento de OVNIs fez de Colares uma referência nacional. Foto: Reprodução/Threads-Viagem ao Passado

Localizada na Baía do Marajó, a cerca de 2h30 de Belém, a Ilha de Colares, no Pará, é um lugar onde a beleza natural e a rica tradição cultural se misturam com um dos episódios mais misteriosos da história recente do Brasil.

Conhecida por suas praias de água doce, o artesanato em cerâmica e madeira, e por celebrações religiosas que mobilizam a comunidade, Colares também carrega em sua memória coletiva um fenômeno que intrigou moradores, autoridades e pesquisadores: os ataques do chamado ‘chupa-chupa’.

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Em 1977, Colares foi tomada pelo medo. Relatos de luzes estranhas no céu, semelhantes a esferas brilhantes, começaram a circular entre os moradores. O que inicialmente parecia ser apenas avistamentos noturnos rapidamente se transformou em algo mais alarmante: pessoas afirmavam ter sido atingidas por feixes de luz, que causavam queimaduras, fraqueza e desmaios.

As vítimas apresentavam marcas no corpo, como pequenos furos, e sintomas sem explicação médica. O fenômeno ficou conhecido popularmente como ‘chupa-chupa’, numa referência à ideia de que as luzes sugavam o sangue das vítimas.

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Foto: Reprodução/Agência Pará

Com o pânico generalizado e o saída de moradores temerosos, a Força Aérea Brasileira interveio. Nascia ali a Operação Prato, liderada pelo então capitão Uyrangê Hollanda. A missão militar visava investigar os fenômenos e acalmar a população.

Durante quatro meses, Hollanda e sua equipe documentaram dezenas de avistamentos com registros em vídeo, fotografias e depoimentos de moradores. Apesar do vasto material reunido, mais de 300 páginas de relatórios, a operação foi encerrada sem uma explicação oficial.

Os documentos ficaram sob sigilo por décadas, reacendendo teorias sobre acobertamento por parte das autoridades.

Jornais da época citam o ‘Chupa Chupa’. Foto: Reprodução/Threads-Viagem ao Passado

Vinte anos depois, em 1997, o próprio Uyrangê Hollanda concedeu uma entrevista revelando detalhes da operação. Ele afirmou ter visto os objetos voadores de perto e declarou acreditar que se tratavam de tecnologias não humanas.

Pouco tempo após o depoimento, Hollanda foi encontrado morto, em circunstâncias nunca totalmente esclarecidas, o que alimentou ainda mais as especulações sobre o caso.

Os relatos de Colares entraram para o imaginário nacional e se tornaram referência na pesquisa ufológica mundial.

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Em 2024, os eventos voltaram aos holofotes com a série documental ‘Investigação Alienígena’, disponível na Netflix. Apresentado pelo jornalista George Knapp, conhecido por tornar pública a história da Área 51 nos Estados Unidos, o segundo episódio, intitulado ‘Ligação com o Brasil’, é dedicado ao caso Colares, além de mencionar ocorrências nas cidades vizinhas de Barcarena e Santa Bárbara.

Foto: Reprodução/Threads-Viagem ao Passado

Apesar do mistério que a cerca, Colares segue sendo uma ilha de cultura viva e paisagens encantadoras. Emancipado em 1961, o município mantém tradições seculares que atravessam gerações. As festas religiosas são destaque no calendário local: o Círio de Nossa Senhora do Rosário em dezembro, o Círio de São Tomé em setembro, o de São Sebastião em julho e as celebrações juninas a São João espalham música, dança e devoção pelas comunidades da ilha.

A economia local gira em torno da pesca e do artesanato, com peças de cerâmica, cadeiras entalhadas, canoas e remos. A vida simples e os ventos constantes fazem da ilha um refúgio durante o verão amazônico. Entre os monumentos históricos estão a Capela do Senhor dos Passos, a Igreja Matriz e a Igreja de São Sebastião, que compõem um circuito de fé e patrimônio.

A Biblioteca Pública do município, ainda que modesta, cumpre papel importante como espaço de preservação e difusão cultural, especialmente em uma região com limitado acesso a equipamentos culturais.

As informações apresentadas neste post foram reproduzidas do Portal Amazônia e são de total responsabilidade do autor.
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