Foto: Divulgação/Funbosque
A cartilha ‘Gigantes da Trilha: Árvores da trilha principal da Fundação Escola Bosque – Vol. 1′ é produto de um trabalho socioambiental e interdisciplinar, que contém a pesquisa botânica de 30 espécies arbóreas da trilha principal da escola localizada em Belém, no Pará, envolvendo a participação dos estudantes nas atividades para sua construção. A cartilha está disponível online na página principal do site da Funbosque.
O projeto foi elaborado pelos pesquisadores e engenheiros florestais Wanderson Silva e Ema Castaneira e teve início em outubro de 2023. Eles desejam que o material seja uma referência nas discussões técnicas, relativas à criação de uma área de proteção ambiental (APA) nas dependências da sede da Funbosque, assim como nos assuntos relativos à crise climática.
Ema Castaneira explica que a unidade sede da Funbosque ainda não possui classificação perante o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), regulamentada no ano 2000, segundo a Lei nº 9985 pelo Governo Federal, mas que pode adquiri-la após alguns procedimentos necessários, já que a legislação brasileira dá ao município competência para a criação.
“A classificação de uma Unidade de Conservação é importante para que a população entenda quais atividades podem ser realizadas, sem degradação da área, e quais benefícios podem ser obtidos. Mas é preciso em primeiro lugar atualizar o inventário 100%, ou seja, apresentar condições técnicas para isto” afirma Ema.
O objetivo ao classificar a área segundo o SNUC é a preservação desse fragmento de floresta secundária e o desenvolvimento sustentável, a partir da proteção e da conservação de atributos bióticos, abióticos, estéticos e culturais, considerados essenciais para a qualidade de vida da comunidade.
A execução do projeto fez parte de um plano de ação direcionado à rede escolar – para toda e qualquer disciplina que se adeque nos planos pedagógicos -, assim como, às práticas de percepção ambiental ou atividades relacionadas.
A cartilha contém desenhos dos ramos das espécies selecionadas, realizada com a colaboração de estudantes das turmas Ipê Rosa e Ipê Amarelo, ambas do 2º Ano do Ensino Médio Integrado – Técnico em Meio Ambiente, e a turma Boto, CII, 5° ano da unidade sede, alguns pré-avaliados por profissionais da equipe de psicopedagogia e saúde da escola, com indicativos de Transtorno de Déficit de Atenção (TDA) e autismo. Dessa forma, a inclusão social e a tradição de representar os caracteres botânicos por meio de desenhos tiveram destaque no processo.
Com o apoio das professoras Ray Silva e Rozi Azancort e da psicopedagoga Maria de Nazaré Silva, as atividades previamente definidas foram implantadas no cronograma pedagógico da formação técnica em meio-ambiente. Os jovens também tiveram participação no preparo do campo, junto aos pesquisadores, para se familiarizar com o material utilizado. Esse trabalho serve como estímulo para a iniciação científica no nível médio e de base para futuros projetos.
*Com informações da Funbosque
As informações apresentadas neste post foram reproduzidas do Portal Amazônia e são de total responsabilidade do autor.
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