Para o candidato à prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL), o caso que culminou com a agressão de José Luiz Datena (PSDB) a Pablo Marçal (PRTB) no debate realizado pela TV Cultura, no domingo 15, exige um “pacto de civilidade” entre os adversários.
A declaração aconteceu em uma visita ao Mercado Municipal de Pinheiros, na zona oeste da capital paulista, nesta segunda-feira 16.
Boulos disse que sua campanha pretende “dialogar com todos aqueles que queiram um ambiente de decência”.
O episódio de domingo, em que Datena usou uma cadeira para agredir Marçal depois de ser provocado pelo ex-coach, representou o ápice de tensão na campanha até aqui.
Há diversos casos de agressão verbal entre os candidatos. Boulos, por exemplo, já foi acusado sem provas por Marçal de ser usuário de cocaína.
O deputado não deu detalhes sobre como o “pacto” seria construído, mas indicou ser necessário haver um “padrão mínimo de civilidade e bom comportamento nos debates”.
Para Boulos, Marçal “desrespeitou regras, ofendeu, atacou a honra das pessoas, inventou mentiras ao vivo em cadeia nacional”. Ele aproveitou para defender que Datena esteja presente nos próximos encontros.
“Na medida que uma pessoa que atua como ele [Marçal] está presente nos debates, Datena também deve estar presente”, disse o candidato. Restam seis debates a serem realizados entre os candidatos até o primeiro turno, em 6 de outubro.
A presença disruptiva de Marçal nos debates também tem exigido esforços dos veículos que organizam os eventos. O de domingo, por exemplo, teve regras rígidas que impediam a presença de assessores na área onde estavam os candidatos.
Datena lamentou o episódio, mas disse que não se arrepende do que fez. Mais cedo, o candidato do PSDB divulgou uma nota afirmando que o gesto foi uma “resposta extrema a um histórico de agressões perpetradas” a ele e aos demais candidatos.
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