O CEO da casa de apostas Esportes da Sorte, Darwin Henrique da Silva Filho, se entregou à polícia e foi preso nesta quinta-feira 5. Ele foi um dos alvos da Operação Integration, deflagrada na quarta-feira para investigar um suposto esquema de lavagem de dinheiro e jogos ilegais.
A operação também prendeu a influenciadora digital Deolane Bezerra e a mãe dela, Solange Bezerra.
A esposa de Darwin, Maria Eduarda Filizola, também se apresentou às autoridades nesta quinta e foi presa.
A defesa do empresário, a cargo do escritório Rigueira, Amorim, Caribé e Leitão, informou ter protocolado um habeas corpus no Tribunal de Justiça de Pernambuco.
“Todos os questionamentos da polícia foram devidamente respondidos e as dúvidas sobre as atividades da empresa Esportes da Sorte oram sanadas, demonstrando-se a regularidade e a legalidade das atividades profissionais”, diz o escritório.
Policiais foram ao apartamento de Darwin no Recife na quarta-feira para cumprir os mandados de prisão, mas não o encontraram. Segundo a defesa, seu cliente estava em uma viagem a trabalho.
A Esportes da Sorte é uma bet – plataforma digital de apostas esportivas – que patrocina importantes clubes de futebol do Brasil, a exemplo de Corinthians, Athlético-PR, Náutico e Santa Cruz.
“Estamos investigando uma organização criminosa que tem origem através da atuação no campo dos jogos ilegais”, disse na quarta o delegado-geral da Polícia Civil de Pernambuco, Renato Rocha. “A organização criminosa também operava no ramo das bets, mas o crime de origem diz respeito aos jogos não autorizados pela legislação. As bets e outras empresas eram utilizadas na lavagem do dinheiro oriundo deste ramo ilegal de jogos.”
Deolane Bezerra passou por audiência de custódia na manhã desta quinta e seguirá presa, agora de maneira preventiva. Ela foi detida em um hotel no bairro de São José, na região central do Recife, e levada pelos policiais ao Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais logo nas primeiras horas da manhã de quarta.
De acordo com a Polícia Civil, houve o sequestro de bens como carros de luxo, imóveis, aeronaves e embarcações, além do bloqueio de ativos financeiros no valor de 2,1 bilhões de reais de vários alvos da operação.
A operação expediu ao todo 19 mandados de prisão. Também havia 24 ordens de busca e apreensão no Recife, em Campina Grande (PB), em Barueri (SP), em Cascavel (PR), em Curitiba (PR) e em Goiânia (GO).
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