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X. (Fonte: Rutgers University)

O que criou esses desenhos no fundo do mar há 500 milhões de anos?

Um estranho padrão de formas geométricas encontrado nas profundezas dos oceanos tem encantado pessoas no mundo inteiro, pelo menos desde que o artista plástico e cientista Leonardo da Vinci o reproduziu na sua obra Codex Atlanticus, compilada entre 1478 e 1519. Entre esboços de fósseis marinhos, o artista florentino reproduziu a icônica grade conectada de hexágonos perfeitos.

Não tardou para que os cientistas ligassem o conjunto de formas a um antigo animal marinho batizado de Paleodictyon nodosum (algo como “malha antiga cheia de nós”). Os primeiros traços físicos da suposta criatura obscura foram detectados em rochas sedimentares características do fundo do oceano durante o Eoceno, há cerca de 55 a 35 milhões de anos.

Posteriormente, os vestígios de P. nodosum foram encontrados em rochas ainda mais antigas, em sua maioria sedimentos secos que, no passado, estavam submersos em oceanos primitivos. Esse conjunto de túneis e poços com redes interligadas formando estruturas parecidas com colmeias foi então datado do Período Cambriano, o que significa há 500 milhões de anos.

O P. nodosum pode estar vivo

Estudo científico mostra toca do P. Nodosum compatível com os fósseis antigos. (Fonte: Rutgers University)

Mesmo com todas as descobertas feitas até agora, os cientistas não foram capazes de determinar com certeza se esses padrões geométricos são tocas feitas por uma criatura no fundo do oceano, ou se todos esses túneis são impressões deixadas pelo movimento do corpo do próprio animal. 

Na década de 1970, um grupo de cientistas reuniu suas evidências e chegou à conclusão de que a criatura responsável pelos padrões perfeitos estava viva e era do tamanho de uma ficha de pôquer. 

Um desses cientistas, o oceanógrafo Peter Rona, da Universidade Rutgers nos EUA, tem buscado esse fóssil vivo desde 1976, mergulhando repetidas vezes nas águas lamacentas do Atlântico Norte.

Cara a cara com o fóssil vivo

X. (Fonte: Falconaumanni/Wikimedia Commons/Reprodução)
Paleodictyon em arenito da Ponta de San García, na Espanha. (Fonte: Falconaumanni/Wikimedia Commons/Reprodução)

Enquanto filmavam o documentário Vulcões do Mar Profundo, em 2003, Rona e o paleontólogo Adolf Seilacher, da Universidade de Yale, finalmente produziram uma forte evidência da presença do fóssil. 

Ao encontrarem um arranjo hexagonal de buracos, direcionaram a mangueira do braço robotizado do seu submersível Alvin e removeram camadas de lama com um esguicho. O movimento revelou uma rede de túneis subterrâneos em forma de uma colmeia, idênticos às tradicionais tocas do P. Nodosum

Infelizmente, mesmo recuperando várias amostras a 3,5 mil metros de profundidade, os cientistas descobriram que as “colmeias” estavam totalmente vazias, sem sinal de organismos vivos ou mortos. Pior: nenhum traço de DNA foi detectado nos túneis. Isso significa que continuamos sem saber quem está gerando os padrões hexagonais. A busca pelo P. Nodosum prossegue. 

O estudo foi publicado na revista Deep Sea Research Part II: Topical Studies in Oceanography.                                                                                                                                     

As informações apresentadas neste post foram reproduzidas do Site Mega Curioso e são de total responsabilidade do autor.
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