O La Niña é um fenômeno atmosférico caracterizado por uma alteração da temperatura das águas do Oceano Pacífico na sua porção equatorial e gera diversas consequências quando se fala de clima. A Amazônia é uma das regiões próximas da Linha do Equador e pode ser afetada diretamente com esse fenômeno.
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Assim como o El Niño, esse evento perturba os padrões de circulação atmosférica, modificando a temperatura e a precipitação em várias regiões do mundo. O La Niña na Amazônia provoca o aumento na intensidade da estação chuvosa, ocasionando cheias (enchentes) expressivas de alguns rios da região.
A meteorologista do Instituto Nacional de Metereologia (Inmet), Andrea Mendes, explica para quais meses está previsto as primeiras manifestações do fenômeno, principalmente na região amazônica.
Andrea explica ainda que algumas partes da Amazônia terão previsão de chuvas mais abaixo da média do que em outros locais da região.
O Meteorologista do Laboratório de Modelagem do Sistema Climático Terrestre da Universidade do Estado do Amazonas (LABCLIM/UEA), Leonardo Vergasta, reforça as previsões climáticas, mas enfatiza que os efeitos do La Niña podem se fortalecer em 2025.
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“A flora sofre alterações na composição de espécies, com algumas árvores mais resistentes substituindo aquelas que não suportam condições extremas. Isso pode reduzir a capacidade de armazenamento de carbono da floresta e diminuir a produtividade primária, afetando toda a cadeia alimentar. Secas também aumentam o risco de incêndios, devastando grandes áreas e causando perdas de biodiversidade”, comentou Leonardo Vergasta.
“A fauna, por sua vez, pode ser forçada a se deslocar em busca de novos habitats e alimentos, aumentando a competição por recursos. A disponibilidade de alimentos diminui com as secas e inundações, afetando herbívoros e predadores. Os ciclos reprodutivos de várias espécies podem ser interrompidos, e o estresse causado por condições extremas aumenta a suscetibilidade a doenças e parasitas. As interações entre espécies também são afetadas, com alterações nas dinâmicas predador-presa e impactos na polinização e dispersão de sementes, essenciais para a regeneração da floresta. A capacidade de resiliência da Amazônia está sendo desafiada pela crescente frequência e intensidade dos eventos extremos, ameaçando a biodiversidade e alterando permanentemente os ecossistemas”, concluiu Vergasta.
*Por Karleandria Araújo, estagiária sob supervisão de Clarissa Bacellar
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