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Qual foi o primeiro fandom? Conheça a origem histórica dos fãs!

Talvez você já tenha se perguntado sobre o uso do termo “fã”, que é uma palavra empregada para designar um indivíduo que expressa muita admiração por alguém ou alguma coisa. Por vezes, esse amor pode se tornar algo doentio, mas, de modo geral, tem a ver com uma devoção grande (e coletiva) demonstrada por uma pessoa ou grupo.

A ideia do fã não é exatamente nova. Há registros que foi na década de 1880 que se pensou pela primeira vez em um termo para designar os grandes entusiastas do beisebol, que se empolgavam ao torcer pelos seus times e esportistas. Mas essa não foi a única palavra usada para apontar a esse tipo de comportamento.

As diferentes origens de “fã”

Os fãs já foram chamados por vários nomes. (Fonte: Getty Images / Reprodução)

Na verdade, fã era apenas um dos termos usados pela imprensa e até pelas pessoas em geral para indicar esse tipo de indivíduo ou grupo. Havia outros, como “rooters“, “bugs“, “fiends” e “cranks“. A última expressão, aliás, traz pistas de como os fãs eram vistos, pois “krank” vem da palavra alemã usada para designar “doente”.

Em 1888, o empresário e escritor americano Thomas Williams Lawson escreveu um livro bem-humorado chamado The Krank: His Language and What It Means, no qual descreve o fenômeno das torcidas. Ele escreve, de forma algo debochada: “o Krank é um composto heterogêneo de carne, osso e beisebol, principalmente beisebol (…) o Krank não pode ser confundido com nenhum outro animal. Suas peculiaridades são inúmeras”.

Entre essas particularidades, estaria o estilo barulhento e participativo deste tipo de grupo. Os kranks brincavam com os jogadores, batiam tambores e se envolviam tanto entre si quanto com o jogo. Além disso, eles compartilhavam uma linguagem interna que o faziam ter algum tipo de código entre eles. De certa forma, Lawson já descrevia aqui o que hoje se chama de cultura de fãs.

Os fãs do passado são os mesmos de hoje?

(Fonte: GettyImages/ Reprodução)
Há grupos de fãs que são designados a partir de seu objeto de culto. (Fonte: Getty Images / Reprodução)

Há muita gente hoje estudando os movimentos de fãs e a cultura envolvendo o fandom fervoroso em torno de certos artistas (um exemplo claro são os músicos de K-pop). Por isso, questiona-se se este é um fenômeno novo ou se já havia raízes históricas desse tipo de engajamento no passado.

Segundo o pesquisador Daniel Cavicchi, um especialista de Estudos Americanos que leciona na Rhode Island School of Design, pode haver conexões. Ele iniciou seus estudos analisando grupos de fãs de música e passou a olhar para outros ângulos, o que o levou a documentos históricos. “Formavam-se clubes, as pessoas reuniam-se regularmente, começavam a fazer as mesmas coisas e desenvolviam a sua própria linguagem. Todas as coisas que associamos ao fandom hoje, da música ao esporte”, declarou ao site Atlas Obscura.

Ele ainda revela que essas agregações do passado também eram consideradas problemáticas por pessoas que estavam fora do fandom. “O fandom, pelo menos na sociedade ocidental, europeia e norte-americana, nem sempre foi aceito. Há sempre algum tipo de elemento da sociedade que quer controlá-la de alguma forma, ou reduzi-la, ou colocá-la em limites. Então, podemos estar entusiasmados, mas não muito entusiasmados”, explica.

Contudo, o pesquisador explica que o conceito é muito complexo e muda com o tempo, pois cultura de fãs não é estanque. Por conta disso, vários termos já foram escolhidos para serem “nomes para pessoas-que-amavam-coisas-em-grupos”. Entre a sua “coleção”, Cavicchi lista palavras como “‘amadores’, ‘boomers‘, ‘buffs‘, ‘bugs‘, ‘devotos’, ‘diletantes’, ‘entusiastas’, ‘fanáticos’, ‘habitués‘, ‘amantes’, ‘maníacos'”, entre outros.

Há ainda os termos que apontam a objetos de culto, como Lisztians e Wagnerians, que indicam os fãs dos compositores Franz Liszt e Richard Wagner. Entre os admiradores mais atuais, estão os Swifties (fãs de Taylor Swift), Whovians (fãs da série Doctor Who) e os Trekkers (fãs de Star Trek). Ou seja, a verdade é que, desde os conhecemos, os fãs sempre tiveram muitas caras.

As informações apresentadas neste post foram reproduzidas do Site Mega Curioso e são de total responsabilidade do autor.
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