Sapo com chifres? Anfíbio com característica inusitada se camufla entre em folhas

No meio da vastidão de sete milhões de quilômetros quadrados de extensão da Amazônia Internacional, existe um sapo um tanto quanto inusitado: o sapo-de-chifre-da-Amazônia (Ceratophrys cornuta).

O anfíbio pode ser encontrado no Brasil, Peru, Suriname etc., e o motivo por receber esse nome se dá pelo fato de possuir uma protuberância em forma de chifres acima de cada olho.

Mas não é só isso que torna o animal tão peculiar…

Também conhecido como sapo-untanha, a espécie é incomum de ser observada com frequência e pode medir até 20 centímetros de comprimento, o que já ultrapassa em 5 centímetros a média de tamanho dos sapos.

Apesar de exótico, é facilmente identificável: a espécie possui uma boca exageradamente grande e a cabeça compõe aproximadamente a metade do comprimento total do animal.

A coloração pode variar, mas, em geral, variam entre tons de verde e marrom. Por isso, podem se camuflar entre folhas caídas.

Por sua boca grande, o sapo-de-chifre-da-Amazônia é capaz de engolir animais do seu próprio tamanho, como lagartos, roedores, crustáceos, besouros e até mesmo outras espécies de sapos.

O período de reprodução ocorre entre novembro a maio e ocorre em meio a poças formadas por água de chuva. As fêmeas colocam até mil ovos de cada vez e os envolvem em torno de plantas aquáticas.

Logo depois de serem eclodidos, os girinos desses sapos devoram uns aos outros – até girinos de outras espécies.

A função específica para os chifres ainda não foi descoberta, mas são bons auxiliares para a camuflagem. Entre as folhas eles podem ser parecidos com os pecíolos, por isso o sapo acaba “passando sem ser percebido”.