O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que uma operação militar na cidade de Rafah, no sul de Gaza, não aconteça a menos que um plano “garanta a segurança” da população, informou a Casa Branca neste domingo 11.
Biden “reiterou sua opinião de que uma operação militar em Rafah não deve ser realizada sem um plano crível e realizável que garanta a segurança e o apoio aos mais de um milhão de pessoas que estão lá”, afirmou a Casa Branca em um resumo da conversa mantida neste domingo por ambos os líderes.
Em partes da entrevista que concedeu à ABC News, Netanyahu insistiu que a operação em Rafah será realizada enquanto as forças israelenses dão “uma passagem segura à população civil para que possa sair” da cidade.
O premiê citou áreas do norte de Rafah que foram liberadas e poderiam ser usadas como zonas seguras para civis.
Rafah, na fronteira com o Egito, tornou-se o último refúgio dos palestinos que fogem há quatro meses dos incessantes bombardeios lançados por Israel na Faixa de Gaza, em resposta ao ataque do Hamas em 7 de outubro.
Os Estados Unidos, a União Europeia e outros governos expressaram profunda preocupação com os planos de Netanyahu de invadir a cidade, onde estão quase 1,4 milhão de pessoas, muitas delas abrigadas em tendas, devido à escassez de alimentos, água e medicamentos.
“O presidente reafirmou nosso objetivo compartilhado de ver o Hamas derrotado e de garantir a segurança de Israel e de sua população a longo prazo”, afirmou a Casa Branca em um comunicado.
O chefe do Executivo americano também pediu “medidas concretas e urgentes para melhorar a eficácia e a consistência da assistência humanitária destinada aos civis palestinos inocentes”.
A conversa entre os líderes na manhã deste domingo foi o primeiro contato conhecido entre ambos desde que o presidente americano disse considerar a campanha militar de Israel em Gaza “excessiva”.
“Há muitos inocentes passando fome, passando por problemas, morrendo, e isso tem de parar”, disse Biden a jornalistas na quinta-feira, em comentários que foram vistos como um endurecimento de seu tom em relação a Israel.
o ataque do grupo islamista palestino Hamas em 7 de outubro deixou cerca de 1.160 mortos, a maioria civis, segundo uma contagem da agência AFP baseada em dados oficiais israelenses.
Já o Ministério da Saúde em Gaza afirma que desde o início da guerra, a ofensiva israelense deixou 28.176 mortos, a maioria mulheres e crianças.
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