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James Webb detecta milhares de 'Vias Lácteas' no Universo primitivo

James Webb detecta milhares de ‘Vias Lácteas’ no Universo primitivo

Recentemente, o Telescópio Espacial James Webb (JWST) encontrou mais de 1 mil galáxias misteriosamente semelhantes à Via Láctea escondidas no Universo primitivo. De acordo com os pesquisadores, os “clones” da nossa galáxia foram encontrados há mais de 1 bilhão de anos no passado do Universo — durante um período em que se pensava que fusões galácticas violentas tornavam impossível a existência de galáxias frágeis como essas.

No entanto, as galáxias em disco são 10 vezes mais comuns no Universo primitivo do que os astrônomos acreditavam anteriormente, revelou a nova investigação. A estranha descoberta junta-se a outros impressionantes feitos do JWST, o que aponta para um mistério cada vez mais profundo em torno de como as primeiras grandes galáxias floresceram.

Clones da Via Láctea

(Fonte: GettyImages)

Conforme escreveram os pesquisadores no artigo publicado na revista The Astrophysical Journal em setembro deste ano, pensou-se por mais de 30 anos que galáxias no formato de disco — como é o caso da Via Láctea — fossem praticamente impossíveis no Universo primitivo devido aos encontros violentos comuns entre as galáxias daquela época. 

Portanto, o fato do JWST ter encontrado tantas galáxias desse tipo é outro sinal do poder do telescópio e de que as estruturas das galáxias se formaram mais cedo do que acreditávamos anteriormente. A maioria das teorias sobre as formações das galáxias em disco começa entre 1 bilhão e 2 bilhões de anos de vida do Universo.

Nesse período histórico, acreditava-se que os primeiros aglomerados de estrelas haviam se transformado em galáxias anãs. Essas galáxias anãs, por sua vez, começaram a canibalizar-se umas às outras, desencadeando uma violenta fusão galáctica, o que resultou em galáxias como a nossa. 

Com “braços” em espiral e formato de sombreiro achatado, a Via Láctea é um dos maiores exemplos de galáxias de disco que conhecemos. No entanto, durante os primeiros anos do Universo — quando o cosmos era mais restrito e as galáxias anãs fervilhavam —, os astrônomos presumiam que esse tipo de formação seria rapidamente deformada. 

Nova perspectiva do Universo

(Fonte: GettyImages)(Fonte: GettyImages)

Ao utilizar o JWST para observar entre 9 bilhões e 13 bilhões de anos no passado, os pesquisadores descobriram que 1,6 mil de 3,9 mil galáxias descobertas naquele tempo eram galáxias como a nossa. Muitas dessas galáxias, inclusive, existiam quando o Universo tinha apenas alguns milhões de anos.

“Usando o Telescópio Espacial Hubble, pensávamos que as galáxias em disco eram quase inexistentes até o Universo ter cerca de 6 bilhões de anos”, disse o coautor do estudo Christopher Conselice em comunicado oficial. Segundo Conselice, esses novos resultados do JWST empurram o tempo de formação de galáxias semelhantes à Via Láctea para quase o início de tudo.

“Com base nos nossos resultados, os astrônomos devem repensar a nossa compreensão da formação das primeiras galáxias e de como ocorreu a evolução das galáxias ao longo dos últimos 10 bilhões de anos”, acrescentou. Na visão de muitos pesquisadores, o formato de disco da Via Láctea é um dos motivos que formam boas condições para gerar vida. Se essa informação for verídica, é possível que as primeiras formas de vida tenham começado no Universo muito antes do que nós poderíamos imaginar.

As informações apresentadas neste post foram reproduzidas do Site Mega Curioso e são de total responsabilidade do autor.
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