Índice
ToggleO espaço sideral provoca diferentes reações nas pessoas. Aquele lugar enigmático em que o ser humano poucas vezes pode chegar permeia o imaginário coletivo, a ponto de ser tema de inúmeros filmes em Hollywood. Só que, como em várias histórias, a indústria cinematográfica às vezes adapta questões, ensinando aspectos de modo impreciso.
O problema de mexer com algo real para enquadrar a trama de seus filmes é que, não raro, o espectador passa a crer no que vê na tela como uma verdade inequívoca. No entanto, é preciso estar muito atento ao que você assiste, de modo a compreender melhor elementos da ciência.
1. Um astronauta não sobreviveria à proximidade de um buraco negro como em Interestelar
Interestelar mostra um futuro em que a Terra está quase inabitável graças a uma praga global. Nesse cenário, um físico da NASA tenta salvar a humanidade ao criar um buraco de minhoca (termo usado para descrever os túneis formados por grandes distorções no espaço-tempo) no qual a humanidade poderia viajar.
Contudo, os verdadeiros pesquisadores da NASA afirmam que essa cena seria impossível de acontecer, já que um astronauta jamais conseguiria sobreviveria à proximidade com um buraco negro, como ocorre com o personagem de Matthew McConaughey.
2. Armas não precisam de oxigênio como em Ad Astra – Rumo às Estrelas
No filme Ad Astra – Rumo às Estrelas, as cenas exibem armas de uma forma diferente de como é mostrado na narrativa. O astronauta Chris Hadfield, em um vídeo, explicou: “as armas não precisam de oxigênio para funcionar. É a explosão do gás dentro dos limites do rifle que faz o projétil sair do final muito rápido”.
Além disso, a gravidade na Lua é diferente do que na Terra: ela tem cerca de um sexto da gravidade do que acontece por aqui. Por isso, a queda da bala na Lua seria bem mais lenta do que na Terra. “Isso significa que a bala com a mesma velocidade horizontal iria mais longe ao redor da Lua”, afirma Hadfield. Ocorre que, durante um tiroteio mostrado no filme, a velocidade das balas parece corresponder à das balas como seriam disparadas na Terra.
3. Princesa Leia nunca seria sugada sozinha para um buraco como em Star Wars: Os Últimos Jedi
A convite do Screen Rant, os astrofísicos Jason Rhodes e Alina Kiessling avaliaram uma cena de Star Wars: Os Últimos Jedi na qual ocorre uma explosão a bordo da nave, que faz com que a princesa Leia seja sugada pelo buraco que é gerado.
Os cientistas afirmam que a cena é positiva por difundir a noção de que um buraco no espaço afastaria imediatamente qualquer coisa e qualquer um. Mas eles atentam que outras pessoas deveriam também ter sido sugadas para o vácuo, o que não acontece no filme.
4. Um robô nunca flutuaria no espaço, como aparece em Wall-E
Wall-E é um filme da Pixar e da Disney muito querido entre crianças e adultos. Entretanto, ele não é exatamente preciso cientificamente. Uma cena em específico jamais aconteceria: quando Wall-E e Eva aparecem flutuando no espaço e fazendo barulhinhos.
Na entrevista dada ao Screen Rant, a cientista espacial Alina Kiessling explicou: “não há atmosfera para transmitir o som no espaço”. Há outro detalhe. Embora Wall-E apareça também empurrando um extintor de incêndio no ar, Kiessling esclarece que as formas que isso acontece são incorretas. “Esse nível de controle não seria possível”, explica.
As informações apresentadas neste post foram reproduzidas do Site Mega Curioso e são de total responsabilidade do autor.
Ver post do Autor