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57° Festival Folclórico de Parintins: o encontro das raízes e da paixão popular por sua cultura

57° Festival Folclórico de Parintins: o encontro das raízes e da paixão popular por sua cultura

Caprichoso

O primeiro a se apresentar é o Boi Caprichoso, com o tema ‘Cultura – O Triunfo do Povo’. E para a primeira noite seu subtema é ‘Raízes: O entrelaçar de Gentes e Lutas’.

O foco é nas culturas: culturas plantadas, nascidas e sustentadas no meio da Amazônia Brasileira, magistralmente triunfal no entrelaçar de negros e negras, indígenas, ribeirinhos e ribeirinhas, mestres e mestras da cultura popular local. Dos filhos da terra que plantaram o jardim chamado Amazônia e, pela sua existência, por ela enfrentaram a impiedosa e violenta força da colonização, marcando uma história de dor, resistência e muita.

Foto: Patrick Marques/Rede Amazônica

Um balão de São João erguido por um guindaste chegou surpreendendo a galera azulada. O Boi Caprichoso, o apresentador Edmundo Oran e o levantador de toadas Patrick Araújo, que cantou ‘Pode Avisar’ chegaram agitando o lado azul.

Foto: Patrick Marques/Rede Amazônica

A cunhã-poranga Marciele Albuquerque também surpreendeu o público ao sair de dentro da Cobra Grande na primeira alegoria do Caprichoso, ‘Dona da Noite’, na encenação da Lenda Amazônica.

Leia também: Lendas amazônicas: Onde estão as cobras grandes da Amazônia?

Já a Rainha do Folclore, Cleise Simas, desceu do ‘Bicho Folharal’ durante sua apresentação. Trata-se de um dos seres fantásticos do imaginário popular amazônida, uma entidade protetora que afugenta os invasores e destruidores dos rios e das florestas.

O pajé Erick Beltrão também levou ao bumbódromo uma grande representação indígena: um rito de Transcendência Yanomami (Mothokai, a Fúria do Sol), emocionando o público.

Entre os convidados da primeira noite, Vanda Witoto, Djuena Tikuna e Davi Kopenawa participaram da apresentação do boi Caprichoso. As mensagens de proteção às terras indígenas e da salvaguarda cultural dos povos originários foram reafirmadas pelos convidados, ilustrando o compromisso do boi-bumbá com a proteção da região amazônica e seus povos e culturas.

Foto: Patrick Marques/Rede Amazônica

Para o item 15, a Figura Típica Regional, o Caprichoso levou à arena um reconhecimento aos parintinenses que contribuíram para a conquista da cultura popular. Figuras, como o tuxaua pioneiro Zeca Xibelão, que dá nome ao curral do boi de estrela na testa, foram lembradas.

Outra mensagem que o touro negro levou à arena foi a homenagem à cultura nordestina do bumba meu boi, por meio da Marujada de Guerra.

Confira todos os detalhes o boi Caprichoso para 2024:

Garantido

O Garantido leva para a arena este ano os ‘Segredos do Coração’ e em sua primeira noite preparou ‘A Origem da Vida’. “Há muitas teorias sobre quando e como tudo que nos cerca e somos começou e as teorias indígenas são as mais complexas, simbólicas e poéticas. Uma dessas narrativas sobreviveu ao epistemicídio colonial. Chegou até os dias de hoje graças à resistência de uma das maiores nações indígenas do Brasil, os Sateré-Mawé”.

O boi-bumbá abriu a noite com um dos seus maiores hinos, a toada ‘Vermelho’, de Chico da Silva. A apresentação foi de Israel Paulaim, que puxou a música e emocionou a galera perreché.

Leia também: Portal Amazônia responde: qual o significado do termo ‘perreché’?

Foto: Patrick Marques/Rede Amazônica

A porta-estandarte Lívia Cristina surgiu logo depois, realizando sua evolução com o tema da primeira noite ‘Origem da Vida’.

A primeira alegoria foi ‘Noçokem’, que representa o tema do vermelho neste ano. Segundo o bumbá, o mundo e tudo que nele vive se originou no local sagrado chamado Noçokem, localizado no coração da floresta amazônica.

Foto: Patrick Marques/Rede Amazônica

A cunhã-poranga do boi Garantido, Isabelle Nogueira, surgiu desta alegoria. Ela recebeu uma homenagem por sua atuação em rede nacional ao participar do reality show Big Brother Brasil.

Foto: Patrick Marques/Rede Amazônica

A cunhã se tornou embaixadora da cultura popular parintinense, representando uma evolução da visibilidade que o Festival passou a receber. Isabelle transmutou-se em onça-pintada na arena, representando a potência de um dos animais símbolos da Amazônia.

A cultura indígena também foi exaltada pelo boi de coração na testa por meio da dança, revelando a importância da preservação dos povos originários, até mesmo os que já não existem mais.

Confira todos os detalhes o boi Garantido para 2024:

A apuração ocorre sempre na segunda-feira, na parte da tarde, após o último dia de festa. Das três notas dadas a cada item, é descartada a menor. Vence o festival o boi que acumular mais pontos no somatório de todos os blocos em todas as noites.

*Esta matéria segue em atualização durante as apresentações dos bois-bumbás



As informações apresentadas neste post foram reproduzidas do Portal Amazônia e são de total responsabilidade do autor.
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