Durante séculos, a reputação de Catarina II, conhecida popularmente como “Catarina, a Grande”, sempre esteve mais associada a rumores escandalosos a respeito de sua vida pessoal do que suas contribuições para a história da Rússia — onde foi Imperatriz de 1762 até a sua morte, em 1796.
No entanto, não há sombra de dúvidas que a monarca teria mudado o rumo do país em diversos sentidos, desde incentivos ao ensino e a arte até uma grande quantidade de golpes e anexações. Então, veja só cinco maneiras como essa princesa nascida na Alemanha chegou ao poder na Rússia e revolucionou o país!
1. Ocidentalização da Rússia
(Fonte: Hulton Archive/Getty Images)
Embora a Rússia tenha iniciado um processo de ocidentalização durante o reinado de Pedro, o Grande, foi Catarina quem realmente tentou ativamente trazer mais cultura e ideias ocidentais para o país, de forma que superasse sua reputação bárbara e atrasada em relação ao restante do mundo.
A Imperatriz era uma amante da filosofia e tornou-se amiga íntima de Diderot e Voltaire — dois grandes pensadores. Através do seu próprio amor pela arte, ela expôs os russos a uma grande variedade de obras-primas e pagou para enviar os melhores artistas russos para estudar em outros países.
2. Fundação de coleção artística

O Museu Hermitage, em São Petesburgo, o segundo maior museu do mundo em espaço de galeria, só existe atualmente porque foi iniciado a partir da coleção particular de Catarina em 1764. A monarca acabou adquirindo mais de 4 mil pinturas, além de esculturas e autômatos.
Ela rapidamente tornou-se viciada em comprar pequenas coleções, então ordenando a construção de um prédio de três andares para comportá-las. Uma extensão foi adicionada no edifício em 1792. Em 1852, quase 60 anos após a morte de Catarina, o Museu Hermitage foi finalmente aberto ao público e hoje comporta mais de 3 milhões de artefatos.
3. Reforma na educação

Um dos grandes feitos de Catarina, a Grande, na história da Rússia, foi ter promovido uma reforma na educação do país logo quando assumiu o papel de Imperatriz. O ensino local era inconsistente, não confiável e disponível apenas para quem tinha muito dinheiro.
Além disso, escolas do interior eram administradas por padres locais e muito distantes das cidades. Catarina defendia igualdade na educação e achava que quanto mais mulheres fossem educadas, melhor seria a sociedade. Em 1764, ela fundou a primeira instituição educacional para mulheres e posteriormente criou mais 20 institutos para meninas que não eram tão abastadas.
4. Luta contra doenças

No final da década de 1780, Catarina estava extremamente preocupada com uma onda de varíola que estava tomando conta da Rússia. Ao ver a morte de membros da realeza, a Imperatriz logo decidiu vacinar a si mesma e seu filho. O procedimento envolvia remover bolinhas com pus da pele de pessoas infectadas e colocá-las sob a pele de uma pessoa saudável.
Os sintomas leves que se seguiram faziam com que os infectados desenvolvessem anticorpos — mesmo que 2% das pessoas tenham morrido com esse método. Catarina sabia que era seu papel como líder política tomar boas decisões para influenciar seus súditos a tratarem suas doenças e se tornarem mais saudáveis.
5. Expansão da Rússia

Sob o comando de Catarina, a Rússia expandiu seu território em mais de 517 mil km². Logicamente, muito desse espaço foi conquistado por guerras, como a anexação da Polônia, Lituânia, Ucrânia e muito mais. De qualquer forma, não há dúvidas de que o país cresceu sob seu comando.
Catarina tinha como objetivo expandir a Rússia para o sul, em direção ao Mar Negro, foi quando formalmente anexou a Crimeia em 1783. Controlar essa região permitiria à nação mais controle e influência no Mediterrâneo, razão pela qual continua sendo uma questão importante para os russos hoje.
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