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ToggleSegundo estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU), o mundo alcançou a marca de 8 bilhões de habitantes em novembro de 2022. Para alimentar esta população, uma grande cadeia produtiva e logística é necessária. Infelizmente, neste processo, algumas atrocidades são cometidas, seja com os trabalhadores, com os animais ou com os próprios produtos finais que chegam na mesa dos consumidores.
Conheça alguns segredos — nem tão escondidos assim — da indústria alimentícia.
1. Trabalho escravo na indústria do chocolate
Coleta de cacau é problema crônico para a indústria do chocolate. (Fonte: Getty Images/Reprodução)
Infelizmente, não é apenas a indústria brasileira de chocolate que está marcada pela utilização de trabalho infantil e mão de obra análoga à escravidão. Estima-se que dois terços do suprimento de cacau do mundo venha do oeste da África e 45% de todos os frutos vêm da Costa do Marfim. Uma reportagem de 2015 descobriu que pelo menos 2 milhões de crianças da região eram usadas como trabalhadoras, sem nenhum acesso à educação. Além disso, o tráfico de crianças entres países desta região é comum.
No Brasil, O Ministério Público do Trabalho (MPT) já resgatou mais de 150 pessoas nos últimos 18 anos em situação análoga à escravidão em fazendas de cacau. A maioria dos casos ocorre em fazendas do Pará e da Bahia, e o fruto deste trabalho era destinado a três empresas estrangeiras responsáveis por 97% das moagens no Brasil, que abasteceu as maiores produtoras de chocolate do mundo.
2. A vida dos frangos
Para suprir a demanda por carne, a vida dos frangos não é nada atrativa. (Fonte: Getty Images/Reprodução)
Em menos de 50 anos, o tamanho médio do frango para consumo cresceu 400%. Isto se deu por meio de práticas de seleção e melhoramento genético, que deram origem a uma série de acusações sobre a indústria da carne no mundo. O mito que se propagou era que os frangos consumiriam hormônios para o crescimento. Isto já foi desmentido, mas o modo como as carnes são preparadas continua sendo problemática.
Para suprir toda a demanda, a maioria das indústrias cria dezenas de milhares de aves em um único galpão. Nestes espaços, os frangos são alimentados o dia todo e têm o ciclo do sono interrompido por luzes artificiais. Além disso, eles passam boa parte do tempo em cima de seus dejetos. Nos Estados Unidos, para eliminar a contaminação por bactérias, comum nestes espaços, os corpos das aves são banhados em cloro após o abate. Isto já levou à proibição da importação da carne americana para a União Europeia.
3. Azeite de oliva falsificado
Azeite de oliva pode estar se tornando um item “raro”. (Fonte: Getty Images/Reprodução)
Já acompanhou alguma reportagem sobre o recolhimento de produtos que se diziam azeite de oliva mas que continham irregularidades? Essa prática não é comum apenas no Brasil. Em vários países do mundo, encontrar um bom azeite de oliva é mais difícil do que parece.
Os problemas mais comuns são produtos falsificados, como outros óleos vegetais misturados com aromatizantes, sendo vendidos como azeite de oliva, ou azeite refinado vendido como extravirgem. Nos Estados Unidos, estima-se que 80% dos produtos vendidos como azeite de oliva italiano possam ser falsificados, já na Itália 50% dos produtos podem não cumprir as especificações da embalagem.
4. Difícil vida das vacas leiteiras
Vacas leiteiras sofrem constantemente pela necessidade de produção. (Fonte: GettyImages/Reprodução)
Outro animal que não tem vida fácil na indústria agropecuária são as vacas leiteiras. Para continuarem produzindo leite, as vacas precisam ser constantemente inseminadas e sua vida se resume às baias e às ordenhadeiras. Isso, somado à seleção genética, faz com que os animais sofram com constantes infecções, como a mastite.
5. Limpeza e tingimento para parecer saboroso
Carnes mais baratas podem ter muito pouco de carne. (Fonte: GettyImages/Reprodução)
Muitas carnes de menor qualidade são ultraprocessadas e possuem alto índices de bactérias. Para eliminar os microrganismos, é comum o uso da amônia, o mesmo composto presente em diversos produtos de limpeza.
Ultraprocessados, como a salsicha, são feitos de sobras e aparas dos cortes tradicionais de bois, frango e porco. O produto final, normalmente, contém 55% de carne e 45% de outros ingredientes, que precisam passar por tingimento para ter o aspecto “melhorado” para o consumo.
As informações apresentadas neste post foram reproduzidas do Site Mega Curioso e são de total responsabilidade do autor.
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