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46 ANOS DA MORTE DE JANGO JOÃO GOULART

46 ANOS DA MORTE DE JANGO JOÃO GOULART


Num dia 06 de dezembro, há 46 anos, morria na cidade de Mercedes, no Uruguai JOÃO GOULART, também conhecido como JANGO, presidente do Brasil entre os anos de 1961 e 1964, quando foi deposto pelo Golpe Militar de 1964. Jango foi vítima de um infarto fulminante, aos 47 anos, em sua fazenda, na fronteira entre o Brasil e o Uruguai, onde vivia exilado há 12 anos.

João Belchior Marques Goulart nasceu em São Borja, no Rio Grande do Sul, em 1º de março de 1919, filho de Vicente Rodrigues Goulart e de Vicentina Marques Goulart. Desde criança recebeu o apelido de Jango, comum no sul do país.

Aos 13 anos, ajudava o pai a transportar gado na fazenda da família. Formado em direito em 1939, não quis exercer a advocacia, regressando logo a São Borja para dedicar-se a atividades agropecuárias. Em 1943, com a morte do pai, assumiu definitivamente a responsabilidade de gerir os negócios da família.

Com o fim do Estado Novo em outubro de 1945, Getúlio Vargas, chefe do governo deposto, retornou a São Borja, sua cidade natal, e passou a viver em sua estância de Itu, onde fortaleceu os laços de amizade com Jango, seu assíduo visitante. Passadas as eleições, Getúlio começou a introduzir Jango na política, percebendo claramente seu potencial de liderança, expresso pela grande popularidade de que desfrutava no município e por sua facilidade de relacionamento com as pessoas humildes.

Jango intensificou sua militância política em 1946, ao ser lançado por Getúlio candidato a deputado estadual para as eleições de janeiro do ano seguinte. Empossado em fevereiro de 1951, Jango licenciou-se logo da Câmara para assumir a Secretaria do Interior e Justiça. Em março de 1952 foi reeleito presidente da comissão executiva estadual do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) para o biênio 1952-1954 e, dois meses depois, assumiu a presidência do diretório nacional do partido.

Transferiu-se para o Rio em maio de 1952, onde reassumiu sua cadeira na Câmara dos Deputados. Tendo desempenhado a contento as tarefas a ele atribuídas nesse primeiro estágio político, Jango cresceu em prestígio, ampliando cada vez mais suas bases sindicais. Porém, a auréola de grande líder de massas só o envolveria a partir de junho de 1953, com sua nomeação para o Ministério do Trabalho, cargo que assumiu em junho de 1953.

O primeiro cargo público da carreira de Jango, que entrou para a vida política com o suporte de Getúlio Vargas, foi como deputado federal, em 1950. Depois, foi ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, no segundo governo de Vargas, quando promoveu um aumento do salário mínimo em 100%. Jango foi eleito vice-presidente da República duas vezes, a primeira, de JK, em 1955, a segunda, em 1960, de Jânio Quadros.

Quando Jânio renunciou, em 1961, Jango deveria assumir o governo, mas os partidos de oposição e setores das Forças Armadas tentaram impedir sua posse. Leonel Brizola, que era governador do Rio Grande do Sul (e seu cunhado), liderou a Campanha da Legalidade, para garantir que, na ausência do presidente, o cargo deveria ser ocupado por seu vice. Adotou-se, então, o sistema de governo parlamentarista, por meio do qual o poder do presidente estaria limitado (em janeiro de 1963, um plebiscito decidiu pela volta do presidencialismo).

João Goulart tomou posse em 7 de setembro de 1961, com a defesa das chamadas reformas de base, que incluíam reforma agrária, tributária, administrativa, bancária e educacional. Em março de 1964, durante um comício na Central do Brasil, no Rio de Janeiro, no qual havia mais de 300 mil pessoas, Jango anunciou o início às reformas de base. A reação da oposição foi imediata: dias depois ocorreu a Marcha da Família com Deus pela Liberdade. Em 31 de março, os militares, com o apoio dos Estados Unidos, deram início a um golpe de Estado.

O presidente refugiou-se no Rio Grande do Sul, de onde seguiu para o exílio no Uruguai e Argentina, onde faleceu aos 57 anos, num suposto ataque do coração, em dezembro de 1976. A família de Jango contesta a versão oficial e acredita que ele possa ter sido envenenado, vítima de um assassinato político como parte da chamada “Operação Condor” (uma aliança entre as ditaduras do Cone Sul nos anos 1970 para perseguir os opositores dos regimes militares da região).

Em novembro de 2013, quase 37 anos depois de sua morte, foi realizada a exumação dos restos mortais de Jango, em São Borja, na fronteira oeste do Rio Grande do Sul. Peritos da Polícia Federal e peritos estrangeiros transportaram o corpo do ex-presidente para a sede do Instituto Nacional de Criminalística (INC), em Brasília. O corpo de Jango ficou aproximadamente um mês na capital federal para coleta de amostras. Ele foi novamente enterrado no início de dezembro do ano passado, com honras de chefe de Estado.

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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Créditos do texto:

📺 Canal History Brasil
😱 Site Memorias da Ditadura
🖱️ Site do CPDOC – Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. (adaptados)

👉 Para saber mais sobre o golpe militar de 1964, acesse:

💻 https://jrscommuitahistoriapracontar.blogspot.com/2021/03/hoje-na-historia-310321-57-anos-do.html

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