Foto: Divulgação
Considerado um dos mais renomados médicos, escritores e comunicadores brasileiros, Drauzio Varella se tornou destaque nacional por seu trabalho de divulgação científica, livros publicados e pela atuação voluntária em presídios e regiões isoladas, como a Amazônia.
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Para além da medicina, direitos humanos e saúde pública, Drauzio já declarou publicamente em entrevistas e palestras em que esteve presente, que é defensor das causas ambientais, florestas e populações indígenas e ribeirinhas da região amazônica.
Desde meados da década de 1980, Drauzio faz expedições pela região e alerta sobre os impactos do desmatamento, das queimadas e da degradação ambiental na saúde humana — como a disseminação de doenças infecciosas.
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Dos 17 livros que tem publicado, três falam sobre sua relação com o bioma, além de mostrar a cultura e a diversidade da Amazônia. Confira no Portal Amazônia:
Florestas do Rio Negro (2001)
Publicado em 2001, o livro ‘Florestas do Rio Negro’ mistura ciência, aventura e relato pessoal. Apesar de não ser técnico ou acadêmico, narra expedições organizadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) das quais Drauzio participou como médico voluntário.
Também há destaque para a riqueza da biodiversidade amazônica, os costumes locais e as paisagens únicas da região.
“Quem percorre de avião o trajeto do Rio Negro, viaja sobre o dossel ininterrupto da floresta, tingida aleatoriamente pelo colorido das flores. [Desde] o pico da Neblina, o ponto mais alto do Brasil, e até a nascente do rio em território colombiano, o olhar ingênuo pousará numa paisagem aparentemente monótona: um manto homogêneo a cobrir a imensidão com infinitas tonalidades de verde”. Mas Drauzio completa em seguida: “Nada mais falso. Nesse percurso, o observador sobrevoará florestas tão díspares quanto um cafezal pode ser de uma plantação de eucaliptos ou de um roseiral”, cita Drauzio na introdução do livro.
Cabeça do Cachorro (2008)
Nesse livro, Drauzio apresenta uma investigação sobre o município São Gabriel da Cachoeira, popularmente conhecida como a “Cabeça do Cachorro”, no noroeste do Amazonas.
O médico relata as dificuldades enfrentadas por comunidades indígenas e ribeirinhas em áreas com pouco acesso à saúde, educação e infraestrutura básica. Ele descreve o cotidiano local e os desafios sociais enfrentados por essas populações.
Na obra, a Amazônia é abordada como um território marcado por desigualdades, mas também como espaço de resistência cultural e histórica.
Nas Águas do Rio Negro (2017)
Quase uma década depois da publicação da “Cabeça do Cachorro”, Drauzio Varella retoma suas memórias das expedições científicas realizadas ao longo das décadas no rio Negro. Com narrativa típica de Drauzio o autor mescla observações médicas, a utilização de plantas da região que possam ser utilizadas como remédios e as questões vividas pelos moradores da região.
Neste livro, o autor também mergulha no terreno da fantasia e do folclore e relata o que aconteceu certo dia em que, em uma de suas viagens, adormece sozinho numa rede do convés do barco, entretido com as estrelas e a lua cheia.
Novo lançamento: ‘O sentido das águas: histórias do Rio Negro‘
Em Manaus, o lançamento do novo livro do médico está previsto para o Festival Literário do Centro 2025: Memória e Retomada. O vencedor do Jabuti pelo livro ‘Estação Carandiru’, reúne relatos sobre as viagens que ele fez por mais de 30 anos pela bacia do rio Negro em ‘O sentido das águas: histórias do Rio Negro’.
Na descrição da obra, o nome ‘sentido das águas’ reflete o percurso singular pela bacia do rio Negro, suas paisagens e suas gentes, reveladas pelo olhar curioso e empático de Drauzio Varella.
As informações apresentadas neste post foram reproduzidas do Portal Amazônia e são de total responsabilidade do autor.
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