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Você tem uma “voz interna” na sua cabeça? Pois isso pode ser bom para a memória

Acredita-se amplamente que a maioria das pessoas mantém um diálogo interno contínuo em suas mentes, uma voz interior que desempenha um papel crucial na vida cotidiana. No entanto, pesquisas revelam que entre 5 a 10% da população não vivenciam essa experiência de forma consistente.

As pessoas que não têm voz interior, recentemente denominada de anendophasia, enfrentam desafios específicos relacionados à memória verbal e outras habilidades cognitivas. É o que diz um estudo pioneiro, publicado na revista científica Psychological Science, e conduzido pelos pesquisadores Johanne Nedergård, da Universidade de Copenhague, e Gary Lupyan, da Universidade de Wisconsin-Madison.

Dificuldades na memória verbal

Memória verbal. (Fonte: Getty Images / Reprodução)

Nedergård e Lupyan conduziram uma série de experimentos com participantes divididos em dois grupos distintos: aqueles com ausência de voz interior e aqueles com uma voz interior mais ativa. Os participantes foram submetidos a diferentes tarefas de memória verbal.

No primeiro experimento, eles foram desafiados a lembrar palavras com grafias ou sons semelhantes, como “comprado”, “capturado”, “tenso” e “verruga”. Os resultados revelaram que os “anendofásicos” tiveram um desempenho significativamente inferior nessa tarefa, indicando dificuldade em associar e memorizar palavras sem uma repetição mental interna eficaz.

Em outro experimento, os participantes foram solicitados a identificar rimas em pares de palavras. Novamente, os indivíduos sem voz interior demonstraram menor habilidade na identificação de rimas, sugerindo desafios no processamento fonético interno necessário para essa tarefa de memória verbal.

Esses achados sugerem que a falta de uma voz interior prejudica a capacidade dos indivíduos de associar e comparar sons entre palavras, impactando negativamente o desempenho em tarefas que exigem processamento fonético e memorização verbal.

Estratégias alternativas e implicações comportamentais

A mente humana ainda está sendo estudada. (Fonte: Getty Images)
“Anendofásicos” desenvolvem estratégias únicas para pensar. (Fonte: Getty Images)

Os estudos também destacaram que pessoas com anendophasia desenvolvem estratégias alternativas para compensar a falta de diálogo interno em tarefas específicas. Por exemplo, alguns participantes relataram utilizar métodos táteis, como bater com o dedo, para diferenciar tipos de tarefas ou encontrar soluções para desafios cognitivos. Essas adaptações sugerem que a ausência de voz interior pode levar à adoção de abordagens não convencionais para lidar com demandas cognitivas.

As implicações comportamentais dessa condição ainda não estão completamente compreendidas, mas os resultados preliminares indicam que a falta de monólogo interno pode afetar seletivamente certos aspectos da memória e do processamento verbal. Essas descobertas têm o potencial de influenciar áreas como a terapia cognitivo-comportamental, onde padrões de pensamento e linguagem interna desempenham um papel crucial no tratamento de distúrbios mentais.

Embora ainda haja muito a explorar sobre as implicações práticas dessa condição, os estudos iniciais oferecem informações valiosas sobre como a ausência de diálogo interno pode moldar o processamento da linguagem e o desempenho em tarefas verbais. Esse campo emergente da psicologia cognitiva está abrindo caminho para pesquisas futuras e potencialmente transformadoras no entendimento da mente humana e suas capacidades linguísticas.

As informações apresentadas neste post foram reproduzidas do Site Mega Curioso e são de total responsabilidade do autor.
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