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Rios no Alasca estão ficando alaranjados; veja possível causa

Há quase seis anos o Alasca não é mais o mesmo. Antes muito conhecido por suas belíssimas paisagens, com muita vegetação e águas cristalinas, hoje o lugar apresenta vários rios de coloração alaranjada.

A alteração brusca vem sendo analisada já faz tempo, mas agora um novo estudo parece indicar a mais provável causa dos rios “enferrujados” alasquenses: para a surpresa de zero pessoas, a culpa parece mesmo ser das mudanças climáticas.

Águas de rios no Alasca estão ganhando tom alaranjado

Ainda que o fenômeno não seja novidade, é sempre impactante ver uma imagem dos rios do Alasca apresentando tons de laranja em vez de suas habituais e famosas águas cristalinas. De 2018 para cá, mais e mais córregos, riachos e rios vêm apresentando este tipo de mudança de coloração.

Imagens comparam coloração das águas do rio Akillik, no Kobuk Valley National Park. No verão de 2017, o rio ainda era cristalino; no mesmo período do ano seguinte, as águas já estavam ficando alaranjadas (Fonte: National Park Service / Reprodução)

Um estudo publicado recentemente no jornal Nature Communications Earth & Environment aponta as mudanças climáticas como responsáveis pela cor alaranjada das águas no Alasca, e pelo visto estas alterações não são simplesmente estéticas. Os rios alaranjados seriam resultado do derretimento de camadas de solo congelado no Ártico, que estaria liberando minerais tóxicos nos córregos alasquenses.

Assim, de acordo com o estudo, além da cor barrenta, os rios do Alasca têm se tornado tóxicos, impactando diretamente na fauna e flora local.

Mudanças climáticas, o Permafrost e o impacto ambiental

Com a temperatura do planeta aumentando cada vez mais, fenômenos climáticos vêm sendo observados em todo o globo. De secas a temporais seguidos de alagamentos, como os vistos na Região Sul do Brasil, tem sido cada vez mais comum ver o clima parecendo bastante impiedoso ultimamente.

A situação não é diferente mesmo em locais que costumam apresentar temperaturas extremas, como é o caso do Alasca e seu famoso Permafrost — uma área congelada que, graças às temperaturas baixíssimas da região, permanece intocada há milênios —. Um dos grandes riscos de descongelar o “gelo permanente” da Região Ártica é justamente a possibilidade de liberar certas substâncias nocivas ao ecossistema local, algo que por conta das mudanças climáticas já estamos observando acontecer em tempo real.

Descongelamento de solo contido no Permafrost está liberando metais pesados nos rios do Alasca (Fonte: Getty Images/Reprodução)
Descongelamento de solo contido no Permafrost está liberando metais pesados nos rios do Alasca (Fonte: Getty Images / Reprodução)

Pesquisadores do National Park Service e da Universidade de California-Davis, além de diversas outras instituições, analisaram amostras de 75 correntes fluviais oriundas do Alasca e perceberam um aumento significativo na concentração de ferro, mercúrio e outros metais pesados. A presença destes materiais nas águas locais já vem resultando na diminuição da biodiversidade, como aponta um relatório do Kobuk Valley National Park, localizado na região noroeste do Alasca.

O impacto vem sendo observado não somente em diferentes espécies de peixe, mas também em diversas plantas que nascem próximas à água, nos animais que buscam nelas sua fonte de nutrição e, consequentemente, também nos predadores que se alimentam de sua carne. Sem contar os humanos de comunidades ribeirinhas, que utilizam a água dos rios em seu cotidiano.

Alguns rios já apresentam concentração de cádmio, manganês e níquel bem acima do limite de segurança estipulado pela Organização Mundial da Saúde para água potável. Embora em geral isto resulte apenas em água com um sabor diferente, há casos em que a ingestão da água pode apresentar riscos à saúde e não seja recomendada.

As informações apresentadas neste post foram reproduzidas do Site Mega Curioso e são de total responsabilidade do autor.
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