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Maior morcego das Américas é registrado por pesquisadores no Amapá

Maior morcego das Américas é registrado por pesquisadores no Amapá

Por ser grande, câmera não conseguiu enquadrar todo o ‘Vampyrum spectrum’ — Foto: Jennifer Barros/ Bat Conservation International

Um morcego da espécie Vampyrum spectrum, a maior encontrada nas Américas, foi fotografado por um grupo de pesquisadores em uma caverna no município de Tartarugalzinho, na região central do Amapá. A espécie é carnívora e pode atingir um metro de envergadura.

A pesquisa realiza um levantamento sobre as populações dos mamíferos voadores e estuda mecanismos de proteção de cavernas no estado.

De acordo com a bióloga Jennifer Barros, da ONG Bat Conservation International, a criação de mecanismos de proteção desses ambientes é fundamental para o equilíbrio do meio ambiente na Amazônia.

“Nós temos quatro espécies de morcegos ameaçadas aqui no Brasil, sendo que três estão ameaçadas porque são estritamente associadas a cavernas, que por sua vez são ameaçadas por conta de mineração e perturbações antrópicas”, explicou a bióloga.

Foram visitados ainda locais em Calçoene e em Mazagão. A caverna de Tartarugalzinho foi a que mais chamou a atenção dos cientistas, que identificaram no local uma grande colônia de morcegos insetívoros.

O levantamento tem apoio da Universidade Federal do Amapá (Unifap) do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) através do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas (Cecav).

O pesquisador William Douglas Carvalho, integra uma rede de estudos da Unifap com as Universidad Autónoma de Madrid (UAM) e Universidad Complutense de Madrid (UCM). Ele analisa como os serviços ecossistêmicos fornecidos pelos morcegos podem contribuir para uma produção agrícola mais sustentável nos cerrados do Amapá.

“Os resultados de nosso projeto terão um impacto direto na conservação da biodiversidade das savanas do Amapá, ajudando a identificar caminhos colaborativos através dos quais cientistas da conservação, comunidades locais e o setor produtivo possam trabalhar em conjunto para beneficiar a biodiversidade”, explicou o pesquisador.

Para a captura dos animais, foram usadas redes de neblina. O grupo também constrói casas para os morcegos, o que pode contribuir com o controle de insetos.

“Nosso projeto é um dos primeiros a avaliar hotéis para morcegos na América Latina, sendo que o resultado também pode impactar a vida das pessoas dentro das cidades, já que morcegos também tem um enorme potencial para a supressão de populações de insetos que causam transmissão de doenças tropicais, como dengue, chikungunya e zika”, descreveu Carvalho.

Em todo mundo existem mais de 1.400 espécies. No Brasil já foram registradas 182 espécies que possuem uma variação de hábitos alimentares como: frugívoros, insetívoros, nectarívoros, e carnívoros que se alimentam de sapos e peixes.

A bióloga Jennifer Barros explicou que apenas 3 espécies se alimentam de sangue, mas boa parte das pessoas acreditam que todas as espécies são assim.

Jennifer destacou que os morcegos frugívoros, por exemplo, são fundamentais para a regeneração de florestas e atuam como dispersores de sementes.

Já os insetívoros substituem até pesticidas em lavouras agrícolas e ajudam a controlar a população de insetos nessas áreas.

Os morcegos polinizadores realizam os mesmos trabalhados que as abelhas. Entre os exemplos de plantas que são polinizadas estão o pequi e a planta da tequila, a Agave-azul.

*Por Rafael Aleixo, do g1 Amapá

As informações apresentadas neste post foram reproduzidas do Portal Amazônia e são de total responsabilidade do autor.
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