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Amor na Floresta Amazônica: 5 animais que ensinam lições da natureza para o Dia dos Namorados

Amor na Floresta Amazônica: 5 animais que ensinam lições da natureza para o Dia dos Namorados

Olá, entusiastas da natureza! Bem-vindos à Amazônia! No Dia dos Namorados, celebramos o amor e os relacionamentos especiais que compartilhamos. Curiosamente, a floresta amazônica, com sua vasta diversidade de vida, nos oferece exemplos surpreendentes de como diferentes espécies expressam afeto e constroem vínculos.

Aqui estão cinco exemplos fascinantes de animais amazônicos e seus comportamentos curiosos em relação ao tema do amor.

A arara-vermelha (espécie Ara macao) é um exemplo clássico de monogamia no reino animal. Esses pássaros formam casais que podem durar por toda a vida. Eles demonstram seu afeto de várias maneiras, incluindo o grooming, onde um limpa, cata e arruma as penas do outro.

Esse comportamento não apenas mantém as penas em boas condições, mas também fortalece o vínculo entre o casal. Além disso, araras-vermelhas frequentemente vocalizam juntas, ajudando a manter a conexão e a coordenação entre os parceiros.

As araras-vermelhas acariciam com seus bicos, catam e limpam as penas do parceiros e até mesmo vocalizam juntas para estabelecer laços sociais. Foto: Germano Roberto Schüür

Os macacos-barrigudos (Lagothrix lagotricha) são altamente sociais e vivem em grupos grandes, onde a interação social é vital. São onívoros, alimentando-se principalmente de frutas, mas também comem sementes, gomas, flores e algumas presas animais. Eles exibem comportamentos de grooming (catam-se e limpam os pêlos um dos outros) não só entre parceiros sexuais, mas também entre amigos e familiares, fortalecendo os laços sociais dentro do grupo.

Durante o período de acasalamento, machos e fêmeas passam mais tempo juntos, interagindo de maneira afetuosa e cuidando um do outro, o que ajuda a reforçar seus vínculos.

O ato de catar o outro é uma forma de estabelecer vínculo no caso do macaco-barrigudo, além disso, no período de acasalamento, machos e fêmeas passam mais tempo juntos. Foto: Fabio Colombini

O boto cor-de-rosa (espécie Inia geoffrensis) é o maior dos botos podendo chegar até 2,55 metros de comprimento e pesar até 207 kg. Também conhecidos como golfinhos da Amazônia, possuem uma vida social rica e exibem comportamentos intrigantes durante o acasalamento.

Os machos realizam acrobacias impressionantes e muitas vezes oferecem presentes, como peixes ou plantas aquáticas, para conquistar as fêmeas. Esse comportamento de “presenteio” é uma forma de demonstrar aptidão e interesse, similar ao cortejo humano.

Os botos-cor-de-rosa machos realizam acrobacias impressionantes e muitas vezes oferecem presentes para conquistar as fêmeas. Foto: Getty images

Os sapos-flecha (Dendrobatídeos) da Amazônia são famosos por suas cores vibrantes e seu veneno potente, mas também têm comportamentos de acasalamento únicos. Algumas espécies exibem cuidados parentais extraordinários: após a fertilização dos ovos, o macho transporta os girinos em suas costas até um local seguro com água. Esse cuidado dedicado aumenta as chances de sobrevivência dos filhotes, refletindo um aspecto de proteção e comprometimento nos relacionamentos.

Dendrobatídeo comum na Amazônia brasileira, Ameerega trivittata. Nessa espécie, o macho cuida dos filhotes e pode transportar até 40 girinos de uma única vez. Foto: Piotr Naskrecki

Os araçaris (Família Ramphastidae) são parentes menores dos tucanos, e algumas espécies apresentam um comportamento de cortejo interessante que envolve oferecer frutas à fêmea. Viu só rapazes, alimentem suas companheiras/os! Os machos escolhem e entregam frutas suculentas como parte do ritual de acasalamento, demonstrando sua capacidade de fornecer alimentos.

Os araçari oferecem frutas à fêmea como parte do ritual de acasalamento. Foto: Dubi Shapiro

É isso pessoal! Esses exemplos mostram que o amor e o cuidado não são exclusivos dos humanos. Na verdade, a floresta amazônica está repleta de comportamentos que refletem afeição, comprometimento e cuidado, ensinando-nos que o amor pode ser encontrado em todas as formas e em todas as espécies.

Neste Dia dos Namorados, podemos nos inspirar na natureza e apreciar os diversos modos como o amor se manifesta no reino animal. Abraços de sucuri para vocês e até o próximo texto com informações sobre a nossa exuberante fauna da amazônica!

Sobre a autora

Luciana Frazão é pesquisadora na Universidade de Coimbra (Portugal), onde atua em estudos relacionados as Reservas da Biosfera da UNESCO, doutora em Biodiversidade e Conservação (Universidade Federal do Amazonas) e mestre em zoologia (Universidade Federal do Pará).

*O conteúdo é de responsabilidade da colunista

As informações apresentadas neste post foram reproduzidas do Portal Amazônia e são de total responsabilidade do autor.
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